Política Titulo Linha 18
‘Iniciamos um grande
sonho’, exalta Alckmin

Governador diz ser histórica a assinatura do
contrato da Linha 18-Bronze que servirá à região

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
23/08/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ter iniciado “um grande sonho” com a assinatura do contrato com o Consórcio Integrado ABC para execução da Linha 18-Bronze do monotrilho, que fará ligação entre a Capital e a região. A solenidade ocorreu ontem, no Palácio dos Bandeirantes. Começam já na segunda-feira intervenções de desapropriações e criações de canteiros de obras do primeiro ramal do Metrô a ser expandido para fora do município de São Paulo.

“Iniciamos um grande sonho, um monotrilho saindo da (Estação) Tamanduateí, passando por São Caetano e chegando por Santo André a São Bernardo na (Estação) Djalma Dutra. As prefeituras dessas cidades e de São Paulo foram grandes parceiras”, afirmou o governador. Estiveram na solenidade o prefeito da Capital, Fernando Haddad (PT), e a ministra de Planejamento e Orçamento, Miriam Belchior (PT), além de prefeitos do Grande ABC envolvidos com o projeto.

A linha terá 15,7 quilômetros de extensão e contará com 13 estações, sendo que nove delas servirão a dois municípios ao mesmo tempo. Haverá integração com a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e Linha 2-Verde do Metrô. Em São Bernardo, a Prefeitura tem planejamento para promover conexão com ônibus municipais, por meio do corredor Leste-Oeste, em andamento, na parada Djalma Dutra.

“É um dia histórico. Temos 11 milhões de pessoas no município de São Paulo e 22 milhões de pessoas na Região Metropolitana. É a terceira metrópole do mundo. Cada trem tira até 12 ônibus e 500 carros das ruas. Será transporte limpo, verde, elétrico, silencioso, integrando a grande metrópole de São Paulo. Temos seis linhas do Metrô em construção simultâneas, fora as Linhas 9-Esmeralda e 13-Jade da CPTM. Acho que é recorde na América Latina”, destacou o tucano.

A avaliação é que os efeitos da obra começarão a ser sentidos pela população em até 90 dias. Os primeiros passos do Consórcio Integrado ABC (composto pela empreiteira CR Almeida e EcoRodovias e pelas construtoras Cowan, Encalso e Benito Roggio) serão as instalações dos canteiros de obras. “As desapropriações serão feitas pelo Estado, com custo em torno de R$ 400 milhões. Serão poucas desapropriações (200 mil metros quadrados de remoções) porque o monotrilho vai pelo alto e margeia o rio (Ribeirão dos Couros)”, sintetizou Alckmin.

Licença de instalação é a única autorização burocrática que resta, e pode levar até seis meses para ser emitida. No entanto, de acordo com o secretário paulista de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, licenças pontuais poderão ser solicitadas para garantir andamento da obra. O investimento é de R$ 4,26 bilhões, sendo R$ 1,92 bilhão repartido entre União e Estado e R$ 1,92 bilhão do consórcio responsável pela execução da linha.

Autoridades destacam valorização

Prefeitos e autoridades exaltaram o impacto positivo da construção da Linha 18-Bronze do Metrô que trará valorização à região.

Chefe do Executivo de Santo André, Carlos Grana (PT) destacou que o ramal trará modernização e capacidade de atrair investimentos à região. Prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB) exaltou conexão com malha de transporte paulistana.

O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) disse que a conquista trará outras demandas ao governador. “Não tenho dúvidas que outras cidades vão pressionar por novas linhas. O Grande ABC foi grande vitorioso, o Metrô já é patrimônio da região”, argumentou o tucano.

Ex-prefeito de São Caetano e atual secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB) comentou sobre o tamanho da obra. “Nunca houve outra ação de governo com tal impacto como esse. Primeira vez que a região recebe transporte de massa e de qualidade.”

Luiz Marinho (PT), prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, destacou que a obra é o primeiro passo para integração da Região Metropolitana. “Esse processo passa também por pensar integração de modalidades de transporte e de integração tarifária, para que distâncias se encurtem e tornem o transporte mais eficiente e mais barato. Temos de convencer quem tem carro a deixar o carro em casa”, afirmou.

Fernando Haddad (PT), de São Paulo, citou amadurecimento político. “As pessoas de boa-fé têm de reconhecer o esforço suprapartidário e monumental que está sendo feito na questão de mobilidade em torno das regiões metropolitanas.”




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