Setecidades Titulo Educação
Rachadura e mau cheiro
antecipam férias escolares

EE Nelson Pizzotti, em Santo André, está em obras desde
janeiro; é possível observar rachaduras, poças e goteiras

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/06/2012 | 07:00
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Estudantes da EE Professor Nelson Pizzotti Mendes, no Condomínio Maracanã, em Santo André, tiveram as férias antecipadas em um mês, o motivo: a unidade não apresenta condições estruturais para a realização das aulas. No prédio, que passa por reforma do telhado desde a segunda quinzena de maio, é possível observar, segundo alunos e pais, rachaduras no teto das salas, poças de água e goteiras. O mau cheiro também está na lista das reclamações.

O problema foi destacado em reportagem do Diário publicada em 29 de maio, quando, devido às chuvas, as salas ficaram cheias de água. As aulas foram suspensas por duas semanas e retomadas na segunda-feira.

Ontem pela manhã, após reunião com a direção da escola, pais dos estudantes foram informados sobre a antecipação das férias a partir de hoje até a segunda quinzena de julho.

Ao menos dez mães estão revoltadas com a situação. Impedidas de visitar as salas para verificar as condições das instalações, elas se preocupam tanto com a saúde dos filhos, que ficaram no local desde o início da semana, quanto com a reposição das aulas.

A aposentada Cleusa Sales Musa, 54 anos, destaca que o filho de 11, aluno da 6ª série, sofre com crise de rinite alérgica. "Ele está tomando medicamento, mas não resolve."

Para a vendedora Marylu Barquilha, 35, os pais deveriam ter sido comunicados sobre as péssimas condições a que os filhos estavam sendo submetidos antes. "Os funcionários da obra estão trabalhando de máscara, mas os estudantes ficaram todo esse tempo expostos ao cheiro forte", revolta-se.

Na reunião, as mães foram informadas que a reposição das aulas acontecerá nas férias e que existe a possibilidade de as atividades serem realizadas aos sábados. "E quem já programou uma viagem com a família?", questiona a dona de casa Joelma Ribeiro, 33.

O grupo planeja cobrar da Delegacia de Ensino resposta para os problemas observados na execução da obra e o porquê ocorreram. "A direção não explica nada. Só diz que enviou relatórios ao Estado", comenta a ajudante de cozinha Roseli Alves, 30.

A Secretaria de Educação do Estado informou que providencia a substituição do telhado e que as obras deverão ser concluídas até o fim de julho. O serviço faz parte da reforma que ocorre na unidade desde janeiro e que inclui ainda intervenções em ambientes como sala de leitura, banheiros, quadra de esportes, pintura e manutenção, com investimento total de R$ 727 mil.




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