O crime foi cometido por dois homens chineses que chegaram de carro e renderam, além de genro e sogra, um casal de funcionários que trabalham na chácara. O funcionário Sezi Fuijki, 68 anos, natural de Campinas, e Aiko Furuhata Iwasa, 65, de Maringá, no Paraná, foram amarrados em um dos quartos, mas nada sofreram. A dona da casa e o genro foram levados para o outro quarto, onde foram mortos.
Em depoimento à polícia, Sezi contou que os dois assassinos falavam português fluentemente e que pediram dinheiro e a chave e o documento de um dos três carros que estava na chácara (uma Kombi, uma Saveiro e um Santana). O casal disse à polícia que ninguém reagiu em momento algum. Eles não souberam dizer se os chineses levaram alguma coisa. Sabem apenas que eles fugiram com o mesmo carro que chegaram (não conseguiram identificar nem a cor nem o modelo). Técnicos do Instituto de Criminalística da polícia foram até o local e não encontraram marcas de pneus em frente da chácara.
Nesta segunda à tarde, a polícia chamou para depor na delegacia os vizinhos da chácara, que são chineses. O primeiro a prestar depoimento foi Li Guiguang, o chinês mais próximo da família, que mora ao lado. Com a ajuda de um intérprete, já que Guiguang não fala português, o lavrador contou aos policiais que chegou a ver três pessoas orientais no bairro minutos antes dos disparos. Ele disse que jogava futebol em uma cooperativa no momento em que ouviu os disparos.
De acordo com o delegado Marco Antonio Paulo Santos, ainda não há indícios que levem aos assassinos. “Não consegui até agora elementos que incriminem alguém. O local do crime estava muito bagunçado e não encontramos vestígios dos bandidos”, explicou.
Segundo o delegado, no ano passado, dois filhos de Sueno morreram afogados e ela recebeu um seguro de vida, o que pode ter motivado o crime. “Acreditamos que a dona Sueno tinha dinheiro guardado em casa, como é costume em famílias japonesas.”
Sueno era viúva. Sua família se resumia à filha e ao genro, que moravam com ela. Nesta segunda, a filha cuidava do enterro do marido e da mãe – que deve ocorrer nesta terça no cemitério do Alvarenga. A polícia pretende ouvir a mulher nesta terça (o seu nome não foi fornecido), assim como outros vizinhos. Não está descartado o crime encomendado.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.