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Rebeldes muçulmanos de Jolo libertam mais um refém
Por Do Diário do Grande ABC
17/07/2000 | 11:17
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Os separatistas muçulmanos de Abu Sayyaf libertaram esta segunda-feira a alema Renate Wallert, uma professora de 57 anos, enferma, mas continuam mantendo 38 reféns na ilha de Jolo (Sul das Filipinas). Wallert, que sofre de hiptertensao, é a primeira refém ocidental libertada pelos rebeldes desde o início da crise, no dia 23 de abril.

A professora alema foi levada para a cidade de Zamboanga em um helicóptero militar, após ser submetida a um primeiro exame médico no acampamento do exército filipino em Jolo.

Seu marido Werner e seu filho Marc figuram entre os 38 reféns de sete nacionalidades diferentes, ainda cativos na selva de Jolo.

Ao meio-dia local, os guerrilheiros levaram Wallert ao povoado de Tagbak e a deixaram a bordo de um jipe junto com o motorista e outra mulher. Ambos receberam a ordem de esperar que os representantes do Governo fossem apanhá-la, informou uma fonte policial.

"Trata-se de uma mulher enferma que teve grandes dificuldades e todos desejávamos que fossem libertada", declarou em Manila o embaixador da Alemanha nas Filipinas, Wolfgang Gottelman. Segundo Abdusakur Tan, governador da província de Sulu, da qual Jolo faz parte, essa libertaçao foi um "gesto humanitário" de Abu Sayyaf.

Tudo começou no dia 23 de abril com uma operaçao comando de Abu Sayyaf na ilha malaia de Sipadán, famosa entre os adeptos dos longos mergulhos pela beleza de seus fundos marinhos.

A família Wallert e outros 18 turistas e empregados foram capturados e levados a Jolo. O grupo inicial de seqüestrados estava formado por 3 alemaes, 2 franceses, 2 finlandeses, 2 sul-africanos, uma libanesa, 9 malaios e 2 filipinos. Dois dos malaios já foram libertados.

A uma série de exigências de tipo político, os guerrilheiros acrescentaram a de um milhao de dólares por refém. Mas horas depois da libertaçao de Renate Wallert, ainda nao se sabe se foi pago resgate. Manila sempre disse que nao seria pago resgate, mas algumas fontes asseguraram que houve dinheiro.

Em Berlim, o representante do Governo alemao Cornelius Sommer afirmou que nao foi pago resgate. O Governo alemao continua preocupado com os outros reféns e por isso busca um saída pacífica para a crise, prestando todo seu apoio aos negociadores filipinos, assinalou o ministro alemao de Relaçoes Exteriores, Joschka Fischer.




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