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Luxemburgo admite que Ronaldo faz falta
Do Diário OnLine
25/07/2000 | 01:49
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Na falta de um ataque goleador e seguro para a Seleçao Brasileira, o técnico Wanderley Luxemburgo disse sentir falta do atacante Ronaldo, da Inter de Milao, que se recupera de uma cirurgia no joelho. "Nós nao temos o Ronaldo hoje, e ele faz muita diferença", assumiu.

Depois de uma contenda entre o atacante e o treinador no ano passado, quando Ronaldo deixou a concetraçao para servir seu time na Itália, o técnico deu sinais nesta segunda-feira, falando ao programa Esporte Record, de que o centroavante poderia ser a soluçao na linha de frente brasileira.

As mudanças constantes e excessivas na formaçao do ataque sao parte de um processo para encontrar a formaçao ideal e nao um sinal de descontrole, defendeu. "Nao posso pecar por omissao", alegou o treinador, justificando as tentativas e erros dentro da equipe.

Para Luxemburgo, uma vitória no próximo compromisso das Eliminatórias seria ótima para reerguer uma equipe em queda, mas nao garante que as coisas vao melhorar para a Seleçao na competiçao. "Nao posso falar que se o Brasil ganhar da Argentina o time vai passar a ter grandes atuaçoes", avisou.

Apesar das agruras, o treinador garante que o Brasil nao fica de fora do mundial de 2002. "Nós sabemos que a Seleçao vai se classificar para a Copa, mas vamos passar por dificuldades em toda a Eliminatória", adiantou.

Estável - As más atuaçoes em campo e a queda na tabela das Eliminatórias nao ameaçam seu cargo frente à Seleçao, pelo menos foi o que garantiu Luxemburgo. "Me sinto seguro com a diretoria da CBF. Nunca houve pressao do tipo 'se nao ganhar, vai embora'", disse à TV.

Mesmo conhecendo o imediatismo do futebol brasileiro, o treinador nao quer que seu trabalho de dois anos com o Brasil seja avaliado em apenas duas atuaçoes. Ele aposta que o futuro entrosamento do time vai coroar seus esforços.

Bateu, levou - O jeito independente e às vezes agressivo de Luxemburgo com relaçao à imprensa é uma mostra de caráter e personalidade, segundo o próprio treinador. "As pessoas confundem tomar posiçao com ser prepotente e arrogante", defendeu-se.

"As pessoas acham que eu tenho que ser cachorrinho de madame e ir para onde os outros quiserem", continuou. "Nao posso deixar de externar o que eu penso porque serei taxado de prepotente", desabafou o técnico da Seleçao.




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