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Permissividade sexual em 'A Mulher do Próximo'
Por Do Diário do Grande ABC
10/03/2002 | 16:59
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“Uma crônica da permissividade americana antes da era da Aids”. O subtítulo do livro de Gay Talese, A Mulher do Próximo (Companhia das Letras, 483 págs., R$ XX, em média) pode levar o leitor a acreditar ter nas mãos um título de ficção. Trata-se na verdade de um autêntico exemplar do chamado novo jornalismo, gênero que tem como seu criador e mais brilhante representante Tom Wolfe.

A Talese, falta o sarcasmo ímpar de Wolfe. Mas ele aprendeu outras lições como apresentar uma pesquisa profunda sobre determinado tema de forma atraente ao leitor. Assim, personagens de cada crônica se entrelaçam (por vezes literalmente) e Talese leva sua narrativa adiante escancarando bastidores e intimidades de intelectuais, políticos e figuras da alta sociedade que, das mais variadas formas levaram a cabo o lema “faça amor, não faça a guerra” nas décadas de 60 e 70.

Ao descrever a que nível foi levada a permissividade sexual com a vantagem de poder observar o ciclo comportamental de forma completa – leia-se antes e depois da Aids. Talese nota que apesar de adotar uma específica revolução sexual e seus personagens, o livro também está fora do tempo e do espaço. Nada mais antigo que as relações entre homens e mulheres.




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