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Scotland Yard conclui investigação sobre corrupção
Por Da AFP
20/04/2007 | 17:11
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A polícia britânica entregou nesta sexta-feira suas conclusões sobre a suposta concessão de cargos honoríficos por parte do Partido Trabalhista, que está no poder.

A investigação sobre o caso, que abalou o mundo político britânico e ofuscou as últimas semanas do primeiro-ministro Tony Blair no cargo, começou no ano passado. Desde então, mais de cem pessoas já foram interrogadas pela Scotland Yard.

A promotoria examinará o relatório de 216 páginas e decidirá se entra com acusações criminais por violação de uma lei de 1925 contra a corrupção eleitoral e obstrução da justiça. O partido de Blair reconheceu em março de 2005 que recebeu cerca de 14 milhões de libras (26 milhões de dólares) em empréstimos, sobre os quais o tesoureiro do Partido Trabalhista nada sabia.

Segundo comentaristas políticos, é improvável que a promotoria apresente acusações contra qualquer envolvido até que Tony Blair deixe o governo, o que deve acontecer dentro de poucas semanas.

A polícia informou em comunicado que interrogou 136 pessoas como testemunhas e suspeitos sobre os "empréstimos" feitos secretamente em 2005 aos trabalhistas por doadores.

O chefe de Governo britânico foi ouvido duas vezes em relação a este caso, que revelou o obscuro financiamento de partidos por parte de ricos empresários que receberiam benefícios, em troca.

Esta foi a primeira vez que um primeiro-ministro em exercício prestou depoimento à polícia em uma investigação criminal.

Não apenas Blair: alguns de seus colaboradores mais próximos e todos os ministros que ocupavam um posto no governo trabalhista durante as últimas eleições, em maio de 2005, foram interrogados pela Scotland Yard sobre os empréstimos secretos usados para pagar a campanha.

Além disso, a polícia ouviu - entre as testemunhas - o ministro Alan Milburn, que trabalhou como organizador da campanha de 2005, a titular da pasta da Saúde, Patricia Hewitt, e dezenas de membros do Partido Trabalhista.

Entre os doadores figuram quatro pessoas cujos nomes foram sugeridos posteriormente para uma vaga na Câmara dos Lordes.

A polícia também interrogou membros do Partido Conservador e do Partido Liberal Democrata ligados ao escândalo. Os conservadores são a principal oposição ao governo trabalhista e os Democratas representam a terceira força política do país.




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