Década de 1970. O Central Park, principal área verde de Nova York, era um lugar degradado e perigoso. A violência no local amedrontava a população. O espaço estava abandonado: mato alto, lago sujo, pontes quebradas. O lixo se acumulava. A prefeitura nova-iorquina passava por crise financeira. Situação semelhante à dos parques do Grande ABC e à das administrações municipais atualmente. Mas o que fez a gestão pública da Big Apple para resolver o problema? Começou a arrecadar fundos privados para financiar a reforma do Central Park. De empresas e pessoas físicas. Os recursos começaram a ser gerenciados por uma organização sem fins lucrativos. Deu certo. Hoje o espaço recebe por ano 40 milhões de pessoas de todo o mundo. Possui restaurantes, imóveis históricos, campos de beisebol, lagos, zoológico, monumentos e dezenas de outros atrativos, fora a paisagem deslumbrante. São cerca de US$ 60 milhões (quase R$ 200 milhões) por ano para fazer a manutenção. Desse montante, 75% são oriundos de doações. Mas, por lá, o cidadão tem certeza de que o dinheiro chegará ao destino correto. E o que vemos por aqui? Na região, os parques sofrem com vandalismo e falta de manutenção, além de serem frequentados por usuários de drogas. Esse retrato é divulgado rotineiramente por este Diário. As prefeituras locais, que não cuidam desses espaços, nada tentam para revitalizá-los. Não há competência nem criatividade. Há descrença e descrédito. E as áreas verdes e de lazer são sufocadas pelo descaso.

Soma...
Fernando Turco e Horácio Neto sustentam parceria política de três décadas e meia. Foram do PT até 2005 e desde então comandam o Psol de São Caetano. Na eleição de outubro, serão candidatos a vereador. Vão disputar os eleitores. Mas a parceria é “para somar, não para dividir”, diz Turco. O objetivo é, em coligação com a Rede, somar votos para atingir coeficiente eleitoral e garantir ao menos uma cadeira na Câmara.

…e divisão
Ao menos territorialmente haverá uma divisão das campanhas. Turco reside e tem base eleitoral no bairro Barcelona. De lá, Horácio não tem boas recordações. Na eleição de 2008, em campanha a prefeito pelas ruas da localidade, caiu no degrau de um estabelecimento comercial e quebrou o braço. Em eleições anteriores também aconteceram outros acidentes do tipo com ele.

Mais apoio
Pré-candidato do PT ao Paço de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira tem seis partidos em seu arco de aliança: PT, PP, PTB, Pros, PTC e PTdoB. Atualmente negocia com outros dois partidos, PCdoB e PPS, com os quais pretende fechar até a convenção petista, dia 24. A adesão está bem encaminhada.

Pedalada andreense
Pré-candidato do PSDB ao Paço de Santo André, Paulinho Serra (PSDB) criticou recentemente a maneira com que foi executado o projeto da ciclovia de lazer de Santo André, no trecho entre a Vila Luzita e as estações de ônibus e trem, no Centro. Primeiro, apontou, entre outros problemas, o uso de calçadas para implementar os corredores onde transitam as bicicletas. Depois, disse que o custo de R$ 200 mil por quilômetro era muito caro. Os petistas, por sua vez, frisam incoerência no discurso dele. Dizem que o projeto foi de Paulinho, quando era do PSD e foi secretário de Obras do governo Carlos Grana (PT). O tucano justifica: “Nós iniciamos, mas não era nada disso que está aí”. Sobre o valor, aliados do PT lembram que o tucano ressaltou, na época em que fazia parte da gestão petista, que era uma das ciclovias mais baratas do Brasil. Esse assunto ainda vai dar muito pano para a manga.

Estamos de olho
Cadê o ‘mapa das enchentes’, prefeitos? Custou R$ 1,5 milhão, pagos pelo Consórcio Intermunicipal, e o estudo até agora, depois de um ano de trabalho, não está completo.