Pelo terceiro ano consecutivo, a bancada de oposição do governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), emplacou pacote de emendas modificativas ao texto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2017, no valor de R$ 1,3 bilhão. Ao todo, os oposicionistas determinaram 42 alterações à proposta elaborada por Lauro. Entre elas estão remanejamento de verba para promoção de festejos populares, como o Carnaval, que foi vetado pelo chefe do Executivo desde o início da gestão. A proposta foi elaborada pelo pré-candidato a prefeito pelo PT, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, determinando investimento de R$ 3 milhões para o evento.

A bancada governista tinha a esperança de conseguir votos para impugnar pacote modificativo. No entanto, a saída de Luiz Paulo Salgado (PR) da base aliada, anunciada no início da sessão, frustrou os planos governistas, uma vez que a mudança do voto republicano somou aos outros dez dos oposicionistas, ratificando maioria simples no Parlamento diademense, composto por 21 parlamentares. Sem a maioria, os situacionistas tentaram acordo, mas conseguiram apenas a redução de algumas modificações. O pacote inicial, debatido na semana passada, apresentava 60 itens adicionais.

Derrotado, o líder do governo Lauro, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), contemporizou. “Emendas à LDO são normais. É decisão que ocorre dentro de um Parlamento. Buscamos o acordo, não há nenhum item fora do comum. Essa Casa e qualquer uma do País analisa a pauta dentro do consenso. E aqui aconteceu isso.”