O nível de monóxido de carbono e de partículas inaláveis em suspensão no ar aumenta até 80% durante o inverno. O estudo foi feito pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e tem como base a análise dos índices de poluição desde 2001. A queda na qualidade do ar implica diretamente em problemas de saúde.

De acordo com engenheiro Carlos Eduardo Komatsu, gerente do departamento de tecnologia do ar da Cetesb, partículas inaláveis podem causar irritação nas vias aéreas e corizas. Pessoas com problemas respiratórios podem ter o quadro clínico agravado. Já o monóxido de carbono pode desencadear dores de cabeça quando inalado em grande quantidade.

O aumento da poluição durante o inverno ocorre por conta do baixo volume de chuvas durante a estação. Na estiagem, os poluentes se acumulam na atmosfera, piorando gradativamente a qualidade do ar. Neste ano, a Cetesb vai investir pesado em iniciativas de marketing para conscientizar as pessoas sobre esses riscos e tentar amenizar o quadro.

Até o fim do inverno, serão distribuídos dois milhões de panfletos e 30 mil folders sobre a poluição e as estratégias do governo do Estado para remediar seus efeitos. Nas escolas, serão distribuídas 60 mil cartilhas que discorrem sobre o assunto. Também foi reformulada a apresentação no site da Cetesb (www.cetesb.sp.gov.br) dos índices de qualidade de ar no Estado.

Agora, o internauta pode conferir o que cada classificação (boa, regular, inadequada, má e péssima) representa para sua saúde. Uma classificação boa nada altera o dia-a-dia das pessoas, mas quando o nível chega a péssimo não é recomendável nenhum tipo de atividade a céu aberto, uma vez que os poluentes são inalados durante a respiração.

A classificação é feita por cores, para facilitar a leitura. A página também traz dicas práticas sobre o que fazer para não agravar os níveis de poluição, como deixar o carro em casa. Os dados são atualizados de hora em hora e o site traz a previsão da meteorologia para o dia em questão.