O comando da PM se manifestou nesta tarde para explicar que a ocupação no Complexo Frei Caneca é 'normal' e ocorre somente por causa da greve dos agentes penitenciários do Estado, que estão parados desde a 0h de sábado. Vinte soldados são mantidos no local para exercer as funções que cabem aos carcereiros.
O Bope ainda negou que os presos da unidade Milton Dias Moreira tenham promovido qualquer confusão. O comando afirmou que as visitas foram mantidas neste domingo e ocorreram normalmente.
A PM também ocupa o Complexo Penitenciário de Bangu – o maior do Estado. Outros 20 soldados estão no local para substituir os carcereiros grevistas.
Guerra de informações - Pouco antes de a PM se manifestar sobre a operação no Complexo Frei Caneca, o Sindicato dos Agentes Penitenciários divulgou que os presos da unidade Milton Dias Moreira promoveram uma ameaça de quebra-quebra neste domingo por causa da suspensão das visitas.
De acordo com o sindicato, os detentos teriam queimado colchões e danificado as celas por causa do segundo dia sem visitas – a entrada de familiares dos presos foi suspensa no sábado por causa da rebelião.
Os agentes carcerários do Estado pararam por tempo indeterminado para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A categoria exige aumento de 72% e a contratação de mais 3 mil funcionários – há cerca de 1.600 carcereiros no Rio de Janeiro atualmente. O governo do Estado avalia que o percentual pedido pelos grevistas é muito alto.
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