Em sua apresentação como reforço do São Caetano para a temporada, o atacante Jobson, 24 anos, negou o rótulo de bad boy, mas se desentendeu com repórter da TV Bandeirantes ao ser perguntado sobre seu problema com as drogas no passado - cumpriu em 2010 um ano de suspensão no futebol por ter sido flagrado em exame antidoping por uso de cocaína.

Ao ser indagado sobre quando se deu conta da necessidade de mudar sua vida e se já se considerava ‘limpo', ou seja, livre da dependência, o jogador disparou: "Não entendo onde você quer chegar com isso. Me trouxe para cá (um canto da sala de imprensa) só para explorar isso. Não vou falar mais sobre o que já passou, pergunta para a sua..."

Minutos antes, o atleta já havia concedido entrevista coletiva e tinha evitado o assunto, assim como também preferiu não falar sobre o Botafogo, clube com o qual tem contrato até junho de 2015 - foi emprestado ao Azulão até o fim do ano.

O empresário do atacante, Antenor Joaquim, 45, lamentou o episódio. "O Jobson tem um espinho em seu passado, uma marca que ele quer apagar. Nenhum de nós está preparado para os desafios do mundo. O Jobson também não. Ele precisa aprender a desenvolver o ser e não apenas pensar no ter. Ele está pagando esse preço, busca ser o homem responsável, o profissional exemplar, porque atleta sabemos que ele é e estamos tentando ajudá-lo", comentou.

Durante a coletiva, o atacante foi lacônico ao ser informado que o São Caetano tem poucos torcedores e que ao deixar o Grêmio Barueri, no ano passado, após 39 dias no clube, alegou estar saindo porque não se via empolgado, porque sentia falta da "muvuca" dos torcedores. "Não falei falta de qual torcida. Aqui sei que vou enfrentar grandes torcidas, do Corinthians, do Palmeiras, do São Paulo. Não tem problema que a torcida aqui seja pequena e exigente, gosto de cobrança."

Jobson garantiu que pesou em sua consciência o fato de já ter passado por oito clubes em apenas cinco anos como profissional e admitiu que vê no São Caetano a chance de recomeço.

A disputa do Paulistão, contou, foi o que o motivou a assinar com o Azulão. Também não escondeu a ansiedade pela possibilidade de jogar ao lado do pentacampeão mundial Rivaldo, que pode assinar contrato com o clube nas próximas horas. "Seria ótimo, é um jogador experiente e vai nos ajudar bastante, será um prazer."

Como participou somente dos últimos dois dias da pré-temporada em Águas de Lindóia, o atacante pediu para ter atividades físicas extras, após os treinos. Ele não joga há quatro meses. SC900,115

Azulinho seca adversários para seguir na Copinha

SC900,116 O São Caetano aguarda ansioso a definição dos últimos resultados da primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior para saber se avançará na competição como um dos sete segundos melhores colocados.

"Com os resultados de ontem, agora são sete times brigando por seis vagas porque o Sertãozinho também chegou aos sete pontos, mas tem dois gols de saldo a mais que a gente. No entanto, seguimos confiantes. Não é possível que tenhamos tanto azar e que os demais passem a gente", disse Márcio Griggio, coordenador das equipes de base do São Caetano.

O Azulinho tem sete pontos e dois gols de saldo. Para avançar no torneio, tem de torcer para que outros concorrentes que chegarem à mesma pontuação fiquem atrás no saldo.