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Alunos pagam e ficam sem habilitação
Por Andressa Dantas
Especial para o Diário
12/01/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Alunos da autoescola Central, em Santo André, foram surpreendidos ao descobrir que não podem fazer o exame prático de direção porque a unidade está bloqueada pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Após investir cerca de R$ 1.000 entre matrícula, aulas teóricas, apostilas, aulas práticas e provas, os aspirantes a motorista não podem continuar o processo para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Alunos disseram que a prestadora de serviço se defende com o argumento de que o problema foi causado por suposta inadimplência dos aprendizes transferidos da autoescola Tamoios, que foi fechada por venda de habilitação e uso de dedos de silicone para forjar a presença nas aulas.

Ao entrar em contato com a Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) da cidade, os clientes foram informados de que a Central não pagou a inscrição para realização do exame prático.

"Não sei se o pessoal que veio da Tamoios está inadimplente ou não. Os alunos que conheço pagaram taxa de R$ 200 para dar continuidade ao processo e tiveram que comprar novamente o pacote de aulas práticas. Já eu, que sou aluna da Central desde o início, estou sendo muito prejudicada, pois paguei por todas as taxas e não tirei minha habilitação. Comecei as aulas em outubro e estou desde novembro tentando marcar a prova prática na Ciretran, mas não consigo", explicou Amanda Pereira, 22 anos.

Em comunicado, o Detran confirmou que a autoescola está bloqueada desde outubro. Segundo o órgão, a única maneira de os alunos conquistarem a habilitação seria solicitar o processo na unidade e encaminhar à Ciretran, pedindo a liberação de vínculo com a instituição.

Para continuar o processo em outra autoescola, os alunos prejudicados devem pagar as taxas de matrícula, pacote de aulas práticas e inscrições para realização dos testes.

"É um absurdo tudo isso, terei de assumir custos de, no mínimo, R$ 700 para conquistar algo que já paguei. Devia haver uma maneira de consultarmos se a escola é confiável ou não antes de efetuarmos a matrícula, assim diminuiria o estresse", opinou Amanda.

O Diário tentou entrar em contato com a autoescola Central, mas os responsáveis não foram encontrados.




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