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Alemanha coloca em jogo a consolidação da nova geração

Além do tetra, vitória sobre Argentina comprovaria eficiência do novo padrão de jogo germânico

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
13/07/2014 | 07:00
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Conquistar o título da Copa do Mundo, hoje, às 16h, contra a Argentina, no Maracanã, significa mais do que o tetracampeonato para a Alemanha. A vitória iria coroar o trabalho iniciado em 2005, que mudou radicalmente a forma de o time atuar, deixando de lado o futebol de força e cruzamentos na área para dar lugar à velocidade e à troca de passe envolvente. A derrota, porém, poderia colocar em xeque o poderio da equipe, que não ganha um título desde a Eurocopa de 1996.

Um dos jogadores mais experientes do grupo, o meia Bastian Schweinsteiger, 29 anos, reconhece que essa é uma oportunidade para exaltar o trabalho feito pela atual geração. “Estamos jogando em alto nível nos clubes desde 2005 e se vê claramente a mudança da nossa postura nesses dez anos. Acho que a habilidade individual dos nossos atletas pode fazer a diferença contra Argentina”, projetou.
O técnico Joachim Löw também concorda que o título seria crucial para ratificar a nova postura adotada pela Alemanha, mas trata de tirar o peso das costas de seus jogadores. “Temos um time jovem que amadureceu nos últimos anos e evoluiu taticamente. Se não ganharmos o título, obviamente, ficaremos decepcionados, mas essa é uma equipe muito jovem que tem um futuro brilhante pela frente”, comentou.

Sobre o jogo, o treinador mostrou respeito pela Argentina, mas previu que a Alemanha irá conseguir a vitória no tempo normal. “Espero que a decisão da Copa não seja na disputa de pênaltis. Vamos fazer o possível para tentar vencer o jogo no tempo normal, porque a disputa por pênaltis envolve diversos fatores, tem a pressão sobre os jogadores e tudo fica um pouco mais complicado”, comentou Löw.

Löw diz que time é inspirado em rivais - O técnico Joachim Löw admite com orgulho que, para encontrar o sistema de jogo perfeito para o futebol alemão, ele e sua comissão técnica assistiram a partidas de diversos países nos últimos dez anos, principalmente de times sul-americanos.

“Analisamos o futebol como um todo. Estivemos na América do Sul para aprender. Vimos a Copa América e conhecemos detalhes importantes que implantamos na nossa seleção. Aprendemos também com a Holanda, que, individualmente, tem sempre ótimos jogadores, mesmo sendo um país pequeno. Toda essa influência nos transformou no time que somos”, explicou Löw.

O técnico se mostrou cético quando o assunto é superstição. Um repórter lembrou que tanto o tetra do Brasil (1994) como o da Itália (2006) foram conquistados 24 anos após os tri, ou seja, (1970) e (1982), respectivamente, e que 2014 completa o mesmo período da terceira taça alemã (1990). “Não acredito em números e, sim, em trabalho”, desconversou. 




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