No que depender da oposição interna, a eleição à presidência do PT de Diadema só será decidida no segundo turno. Marcado para o dia 10 de novembro, o PED (Processo de Eleição Direta) tem quatro chapas registradas: a situacionista, encabeçada pelo ex-prefeito Mário Reali, e as adversárias de Irene dos Santos, Júlio Tavares e Francisco Alexandre da Costa, o Chico PT.

Ex-diretor de Cultura nos governos de Reali e de José de Filippi Júnior, Júlio Tavares diz que, nas contas de seu grupo político, o segundo turno é quase inevitável. Para ele, o cenário atual demonstra que o PT cansou da polarização entre a ala chefiada por Filippi e Reali e o setor liderado por Irene e por Jandyra Uehara Alves, presidente do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema). “O PT precisa se reciclar, voltar às bases e essa bipolarização não contribui. Pessoas têm pensamentos diferentes, mas o PT precisa estar unido”, justificou.

Vereador por dois mandatos (1989 a 1992 e 1993 a 1996), Chico lamenta a candidatura de Reali. “Tinha esperança que ele me apoiasse, até por tanto tempo de fidelidade que tive com ele”. O ex-parlamentar afirma que, desta vez, o militante olhará as ambições do candidato à presidência do partido, avaliando que o dirigente precisará ter dedicação exclusiva para reconstrução da legenda após derrota na eleição municipal do ano passado.

Apesar da movimentação, Reali continua favorito para o PED. Além do apoio de Filippi, ele já tem adesões da bancada de seis vereadores do partido na cidade.