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Chocolate tem sabor de alegria

Doce tem fãs de todas as idades e chama a atenção em diferentes tipos e formatos

Por Luís Felipe Soares
04/04/2021 | 00:04
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Divulgação


As possibilidades em torno do chocolate sempre chamaram a atenção de Anna Clara Rossa Gandelini, 13 anos. Ela conta que ele está entre suas sobremesas favoritas, principalmente quando transformado em brigadeiro. “O chocolate é diferente dos outros doces, pois pode se transformar em diversas outras sobremesas, mas mesmo assim continua tendo o seu gostinho especial e característico”, analisa a moradora de Diadema.

A paixão pelo doce parece ser uma forma de unir a família. Na companhia da priminha Catarina Miranda Rossa, 4 anos, a ‘Nina’, a dupla costuma fazer experimentos culinários. “A Nina sempre me ajuda na cozinha. Adoro poder fazer as coisas com ela, assim criando memórias afetivas e muitas delícias. Nós sempre tivemos esse gosto em comum, principalmente com o chocolate, em especial os bolos”, diz Anna Clara.

A prima mais nova adora chocolate meio amargo e ao leite, todos puros e sem recheio. “Se pudesse com certeza comeria todos os dias, mas o papai sempre faz combinados: doces apenas às vezes, duas vezes na semana no máximo.” Ela ainda conta que, na companhia do pai, também já ajudou a fazer pão de chocolate com cranberry (pequeno fruto típico de países como Estados Unidos, Canadá e Chile).

Anna Clara lembra que o último ano, marcado pela pandemia do novo coronavírus, tem feito com que passe a maior parte do tempo em casa, o que tem facilitado o acesso ao doce e a outras guloseimas. “Confesso que eu comecei a ter uma relação excessiva e um pouco compulsiva com o chocolate. Desde o fim do ano passado, criei metas para tentar parar um pouco de comer tanto chocolate, refrigerante e doces em geral. Mas não deixo de comer quando tenho vontade”, explica a estudante, revelando que estar na cozinha a tem ajudado a lidar melhor com o estresse da quarentena contra a Covid-19.

Hoje é talvez um dos maiores momentos do chocolate na temporada com a chegada da Páscoa (veja mais abaixo), que tem o item como um de seus símbolos. Claro que as meninas se animam com a data e com toda a influência para o consumo do doce. Enquanto Anna Clara prefere ganhar barras e trufas, Nina espera se divertir com a caça aos ovos de Páscoa. “Adoro pintar e desenhar sobre o tema e gosto muito de deixar a cenourinha para o coelho trocar pelos ovos.” 

Acumular presentes tão gostoso pode ajudar os chocólatras, como são conhecidas pessoas viciadas em chocolate, a sempre terem o quê ‘beliscar’ de vez em quando. “O momento do dia que mais gosto de comer meu chocolate é à noite, pois acho que é quando acontece uma espécie de recompensa pelo dia. É aquele momento de deitar da cama ou simplesmente sentar no sofá e se deliciar com um pedaço que me traz sensação de missão cumprida e também uma tranquilidade muito grande”, diz a prima mais velha. Ela comenta que o agrado vem sempre depois das refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e que uma alimentação saudável deixa a presença do doce mais equilibrada – e alegre – possível.

Data cristã da Páscoa conta com símbolos especiais

A paixão das pessoas pelo chocolate parece ganhar capítulo especial na chegada da Páscoa. Celebrada hoje, a data recorda contos da religião cristã e é festejada também pela presença dos chamativos ovos de chocolate de diferentes tamanhos, sabores e tipos.

A ideia do ovo remete ao túmulo de Jesus Cristo, com a vida existindo depois da morte. No cristianismo, a data é a mais importante, sendo que Cristo teria morrido na sexta-feira e voltado à vida no domingo de Páscoa. 

Os ovos originais distribuídos eram comuns (vindos de galinhas, por exemplo). Na época medieval, acabavam pintados para presente e louvar a Deus como festejo. O doce com chocolate, como o conhecemos atualmente, surgiu somente a partir do século XIX.

Outro famoso símbolo da Páscoa é o coelho. A primeira vez que o animal foi relacionado à data aconteceu no fim do século XVII, na Alemanha, na Europa. Isso ocorre por causa da enorme capacidade de reprodução do bicho, o que funciona como metáfora para a fertilidade e para a celebração da vida.

Consumo do alimento é saudável e não pode ser exagerado

A popularidade do chocolate atinge diferentes idades e comer um pouco é saudável para quase todas as pessoas. Por causa de seu sabor chamativo, o consumo deve ter atenção ao longo de toda a vida. 

Vitaminas (como A, B, C e E), proteínas e sais minerais (incluindo ferro e fósforo) fazem parte da lista nutricional do item. Também é possível destacar a presença do chamado flavonoide, uma molécula antioxidante que protege as células sadias do organismo contra a ação de radicais livres, capazes de danificar células sadias do corpo. 

Existem diferentes tipos e variações do doce. Cada um conta com características específicas. O ao leite, por exemplo, possui menor quantidade de cacau na sua formação e é rico em açúcar. O chocolate branco é considerado o menos saudável e o mais calórico, pela alta concentração de açúcar e gordura. Um detalhe: quanto mais amargo for o chocolate, mais flavonoide ele tem.

Seu consumo em excesso pode gerar complicações de saúde, casos de ganho de peso, elevação da pressão arterial e colesterol alto. É recomendado que crianças com menos de 3 anos não comam chocolate e, já mais velhas, possam consumir dois ‘quadradinhos’ (cerca de 30 gramas) por dia. Os jovens não são mais sensíveis a esse tipo de alimento, mas precisam ‘maneirar’, assim como todas as pessoas.

Às vezes o consumo do alimento é gerado por muita ansiedade e agitação. Uma dica é prestar a atenção e sentir ao máximo o gosto do chocolate, além de perceber as sensações que ele pode trazer


O chocolate diet é utilizado por quem precisa diminuir o consumo de açúcar. O ingrediente doce pode ser usado em baixa quantidade, mas sua composição é rica em gordura

Consultoria de Nathali Loyola, médica nutricionista da Loyola Concept, de São Paulo. 




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