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Em meio à Covid, projeto social tem marca histórica

Número de jovens em situação de vulnerabilidade encaminhados para primeiro emprego aumentou 30%

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
03/12/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


O Camp Piero Pollone, projeto social de Santo André que prepara e encaminha gratuitamente adolescentes para o mercado de trabalho, comemora o maior número de jovens beneficiados com o primeiro emprego em seus 44 anos de história. São 463 adolescentes, de 15 a 19 anos, residentes no Grande ABC, que contam com a oportunidade de aprender na prática sobre a rotina da empresa. 

Antes de serem encaminhados para entrevistas, os jovens passam por um curso que os prepara para lidar com diferentes atividades administrativas. Desde dezembro do ano passado o aumento no número de adolescentes que estão empregados foi de 30,4%.

O Camp Piero Pollone atende pessoas em situação de vulnerabilidade social. Presidente do projeto, Antonio Quirino de Andrade destacou que a pandemia de Covid-19 foi um grande desafio e que alguns dos jovens que haviam sido contratados acabaram tendo os acordos cancelados, mediante as dificuldades enfrentadas pelas empresas. “Não foi um número grande, mas acabou acontecendo. Conseguimos absorver esses aprendizes nas nossas próprias atividades, com a necessidade de afastar funcionários que integram grupos de risco, como pessoas com mais de 60 anos e gestantes”, explicou.

A estudante de arquitetura e urbanismo Tamires Silva Caetano, 19 anos, moradora do bairro Alzira Franco, em Santo André, foi uma das jovens que perderam a vaga de aprendiz no meio da pandemia de Covid-19. Contratada pelo próprio Camp, a jovem teve, recentemente, seu contrato efetivado como auxiliar administrativa. “A bolsa que recebemos não é o principal atrativo, o foco é o nosso aprendizado, mas o valor que recebo é o que me permite comprar meus materiais de estudo, softwares e todos os outros gastos para me manter na faculdade”, explicou a aluna da Universidade Mackenzie.

Bolsista pelo ProUni (Programa Universidade para Todos do Governo Federal), Tamires relatou que foi no Camp que teve as informações necessárias para poder ingressar no programa e realizar o sonho de cursar o ensino superior. “Cursava em outra instituição e obtive auxílio para a transferência para uma universidade melhor e a minha inclusão como bolsista”, completou.

Andrade afirmou que nos últimos dois anos e meio o foco da instituição tem sido aumentar o encaminhamento dos adolescentes ao mercado de trabalho. “Nossa expectativa é que até janeiro tenhamos 500 jovens empregados. Por ano, oferecemos formação para 320 pessoas, e a grande maioria consegue o emprego logo que termina o curso”, pontuou. “Esperamos que no ano que vem as coisas melhorem e consigamos colocar cada vez mais jovens no mercado de trabalho”, finalizou.




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