"Nenhum cidadão brasileiro deixará de apresentar sua sugestão a esta consulta pública por falta de tempo. Isso eu posso garantir", assegurou. Ele alertou, no entanto, que a prorrogação do prazo para sugestões, se houver, não poderá durar muito tempo, pois o Estatuto do Idoso, que proíbe aumento de mensalidades dos planos das pessoas com mais de 60 anos, entrar em vigor no dia 1º de janeiro.
Costa descartou a possibilidade de utilizar recursos públicos nos fundos, para evitar aumento das mensalidades. "Se o custo de um plano é X, ele terá que ser dividido entre os que o compõem", observou. "Mas nós ainda não fechamos a forma como isso será feito."
O ministro da Saúde foi voto vencido dentro do governo na discussão sobre o Estatuto do Idoso, que acabou sendo sancionado sem as mudanças que ele pretendia. Para ele, o custo da decisão do Congresso Nacional de isentar os idosos de reajustes tem de ser dividido com as gerações posteriores, o que significa aumentar as mensalidades cobradas dos associados das faixas de idade mais baixas.
"Não há outra forma de ser feito. O que vamos procurar é uma maneira em que os idosos possam ter seus direitos preservados e, ao mesmo tempo, isso não eleve muito o custo para os mais jovens", declarou o ministro. "Mas não terá como alguém não pagar por esse benefício."
Humberto Costa evitou fazer comentários sobre a reforma ministerial. A polêmica sobre os planos de saúde, na época, ajudou a colocar o nome do ministro na lista dos que poderiam ser substituídos. "O presidente é que sabe. Ele é que foi eleito. O cargo é dele", disse o ministro. "Mas eu creio que as coisas devem continuar como estão."
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