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Secretário condena subsídio a transporte coletivo
Eduardo Merli
Do Diário do Grande ABC
30/01/2004 | 00:18
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O secretário estadual dos Transportes Urbanos Metropolitanos, Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes, criticou nesta quinta a política de subsídios às empresas de ônibus feita pelas Prefeituras de Diadema e de São Paulo — o auxílio já foi admitido como “última solução” pela Prefeitura de São Bernardo, para evitar o reajuste das tarifas na cidade neste ano, como cobram os empresários. “Isso (subsídio) é um saco sem fundo. Não acho que se tem de dar subsídio ao empresário”, disse o secretário, após evento no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

Para Jurandir Fernandes, as prefeituras do Estado, como Santo André, São Bernardo, Diadema e outras que possuem sistema de concessão do transporte coletivo, com gerenciadoras que cuidam da regulamentação, não podem oferecer qualquer subsídio pelo risco de se perder o caráter da concorrência. Ele acredita que dar dinheiro ao empresário não resolve o problema. “Se der o dinheiro para o empresário, ele se acomoda”, disse. “São Paulo (Prefeitura) oferece R$ 30 milhões por ano, Diadema também dá subsídios. Isso não resolve”, afirmou.

Para o secretário de Estado, a alternativa para solucionar a equação de queda de passageiros nos ônibus e o aumento dos insumos na Região Metropolitana, inclusive no Grande ABC, é as prefeituras subsidiarem o passageiro. “É preciso fazer um levantamento, ver quem realmente precisa e subsidiá-lo. Muitas prefeituras deixam qualquer aposentado com mais de 60 anos não pagar o transporte. Eu, particularmente, não acho que toda pessoa que tenha mais de 60 anos não possa pagar.”

Jurandir Fernandes disse que a sua secretaria está analisando todas essas questões, vendo pesquisas e conversando. “Acho que o caminho está em baratear o custo, procurando combustíveis alternativos, estudos das fontes de energia, entre outras políticas”, disse.

O secretário comentou que atualmente existem cerca de 25 mil ônibus em circulação na frota regulamentada, somando todas as prefeituras da Região Metropolitana (sem contar perueiros e clandestinos). “Precisamos de fato achar saídas”, disse.




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