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Americanos e iraquianos defendem polêmico muro de Bagdá
Da AFP
23/04/2007 | 11:23
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O embaixador dos Estados Unidos em Bagdá e um general iraquiano defenderam nesta segunda-feira a construção de um muro de 5 km ao redor de um enclave sunita da capital em um bairro de Adhamiyah, uma iniciativa extremamente criticada por moradores e deputados iraquianos.

"É evidente que a finalidade não consiste em criar uma segregação entre as comunidades", afirmou o embaixador americano, Ryan Crocker, em sua primeira entrevista coletiva em Bagdá depois de sua chegada, no mês passado.

O general iraquiano Qassim Atta disse, por sua vez, que esta questão da "barreira de segurança foi exagerada pelos meios" de comunicação, advertindo que sua construção continuará tal como estava previsto.

No domingo, o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, tinha se oposto à construção do muro de Adhamiyah, um dos últimos enclaves sunitas no leste xiita de Bagdá.

"Eu me opus à construção do muro e sua construção será detida", disse o premier iraquiano durante visita ao Cairo.

Consultado a este respeito, o general Atta disse que Maliki havia reagido a informações falsas. "Ele disse que não aceitaria uma barreira de segurança de 12 metros de altura", explicou.

Segundo o exército norte-americano, o muro de Adhamiyah está destinado a impedir que eventuais esquadrões da morte xiitas cometam atentados para forçar a fuga dos sunitas do bairro, mas também para evitar que os insurgentes sunitas utilizem esta região como base para cometer ataques nos bairros xiitas.

Os moradores, por sua vez, denunciaram esta "segregação" nesta segunda-feira, durante uma manifestação que congregou várias centenas de pessoas em Adhamiyah. Um deputado disse que a construção deste muro revelava "o fracasso" da política de segurança em Bagdá, e outro o comparou ao Muro de Berlim.




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