Resquício da mentalidade cartorial ainda permanece no Brasil em várias atividades, inclusive no setor portuário
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Resquício da mentalidade cartorial ainda permanece no Brasil em várias atividades, inclusive no setor portuário. Basta ver que, nos últimos 11 anos, o governo federal licitou apenas cinco terminais marítimos. Com poucos terminais não há concorrência e os preços cobrados alcançam níveis extorsivos.
O resultado desse estado de coisas é o agravamento da falta da eficiência dos portos públicos. No Brasil, o armador, em média, desembolsa US$ 300 para movimentar um contêiner cheio, o que equivale a quatro vezes mais o preço do serviço em portos asiáticos e pelo menos o dobro do cobrado em portos europeus modernos. A pretexto de preservar os portos públicos, o que só se pode dar com a falta de concorrência que permite a cobrança de altos preços, o governo impede a remodelação das companhias docas.
É de se ressaltar, porém, que a falta de terminais modernos e berços de atracação bem equipados obriga o armador a remanejar as escalas dos navios, com todos os prejuízos que isso acarreta. Além do mais, há um comprometimento nos possíveis ganhos de eficiência e na redução de custos que poderiam advir do programa federal de dragagem. Ou seja, com calado maior, os navios grandes - com mais de 7.000 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) - podem entrar nos portos, mas encontram poucos guindastes disponíveis para servi-los. Para funcionar a contento, esse tipo de navio teria de ser operado por quatro ou cinco portêineres ao mesmo tempo a fim de que houvesse efetivamente ganho de escala.
Obviamente, como essa não é a realidade dos portos públicos brasileiros, há necessidade de maior concorrência, o que só pode ocorrer se houver maior número de terminais. Em outras palavras: seriam necessários mais investimento e incentivos para aumentar a eficiência dos portos, o que só será possível com maior desregulamentação e abertura. Do contrário, o custo para carregar ou descarregar um contêiner de 40 pés no Porto de Santos continuará três vezes superior ao que é cobrado em Roterdã, na Holanda, o porto mais eficiente da Europa.
Milton Lourenço é presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística.
Palavra do leitor
Boas Festas
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Marinho
Não entendi o ataque gratuito do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O mínimo que devemos esperar é que políticos, quando assumem o governo, deixem de lado os interesses partidários pelo bem da população, assim a relação de cordialidade é o primeiro passo, e não o último, para angariar fundos para a cidade. Agora cabe ao nobre prefeito também cobrar a presidente Dilma do porquê da reduzida verba federal.
Roberto Saraiva Romera
São Bernardo
Falta d'água
Moro na Vila América, Santo André, e em todo dia de sol fico sem água porque a adutora não dá conta e, pior, é que a única solução apontada pelo Semasa é ir até a autarquia para preencher requerimento, que não dá em nada! É uma vergonha eu, como munícipe/consumidor, pagadora de conta cara, ficar sem água mais de uma semana porque está fazendo muito calor. Sou a favor sim do rodízio. Mas só a Rua 24 de Maio ficar sem abastecimento e ainda ouvir que vamos ficar sem água na véspera de festas é absurdo! Por que o Semasa não informa na conta a quantidade de dias ou horas que interrompeu o abastecimento? Acredito que deve ser revisto o plano para reverter o quadro e não castigar apenas alguns munícipes. Se ficarmos sem pagar a conta o Semasa manda seu pessoal fazer buraco bem grande na calçada, cortando o abastecimento. Na página nas redes sociais do Semasa a autarquia fez isso e aquilo, mas na prática o que vemos não é nada disso.
Irma de Pádua
Santo André
Passaporte falso
Desse episódio da viagem secreta do novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, e de seu irmão ao Japão durante suas infâncias, utilizando identidades falsas com passaporte brasileiro para visitar a Disneylândia de Tóquio, ficam as certezas de como fazem falta às crianças daquele país sem graça e monocromático a alegria, o colorido, a fantasia e o mundo de sonhos que uma Disney proporciona, e a de que no Brasil tudo se consegue, até passaporte para coreano se fazer passar por brasileiro.
Ronaldo Gomes Ferraz
Rio de Janeiro
Predestinado
A única diferença do atacante do Corinthians Adriano com o animal Edmundo, ex-jogador, é que dentro de campo o atleta do Timão não cria confusão! O Imperador se meteu em encrenca armado, atingindo uma garota dentro de seu próprio carro. Pode? Com mais este deplorável acontecimento, este Adriano não deve merecer o apoio dos torcedores do Timão, tampouco ser citado por possível convocação para Seleção Brasileira. As cores da nossa equipe canarinho devem sempre refletir a boa imagem do nosso País!
Paulo Panossian
São Carlos (SP)
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