Escolas de samba de S.Bernardo garantem realização de desfile sem repasse de dinheiro da Prefeitura
Apesar de o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), ter suspendido a subvenção repassada às escolas de samba da cidade para a realização do Carnaval 2017, presidentes de agremiações afirmam que o evento deve acontecer de qualquer forma. O local ainda está sendo discutido entre dirigentes das entidades.
“A festa tem que acontecer, primeiro porque é o maior evento cultural do mundo. O Brasil é conhecido como a terra do Carnaval. É Cultura”, falou o presidente da Renascente, Benedito da Silva Lemes, conhecido como Ditinho da Congada. A escola foi a campeã do Carnaval são-bernardense, no ano passado.
O custo do que foi produzido pela agremiação, cujo enredo abordará as crianças, já atingiu mais de R$ 30 mil, segundo Ditinho. “Não esperamos a verba (da Prefeitura)sair, trabalhamos o ano todo e, quando o dinheiro sai, a gente paga as despesas. Queríamos fazer o Carnaval e iremos fazer, até por respeito aos componentes e à comunidade”, frisou.
A previsão inicial de gastos para a realização da festa era de R$ 550 mil para infraestrutura e R$ 577 mil para contribuição às agremiações aptas. No entanto, nenhuma verba foi repassada às agremiações.
A União das Vilas, que em 2016 foi a vice-campeã, também garante a realização da festa, de acordo com o presidente Washington Arantes. “Independentemente de verba, o Carnaval existe e minha agremiação vai desfilar. Pode ser que não tenha o luxo que a população merece, mas vai ter”, disse ele, completando que a escola já investiu mais de R$ 10 mil nos preparativos. “Devido ao boicote do prefeito, tivemos que fazer mudanças, mas irão gostar do que vamos apresentar. Em reunião marcada para sábado com a comunidade, vamos expor como faremos. Pode ser que desçamos a Rua Marechal Deodoro ou a Avenida Brigadeiro Faria Lima, (o lugar) ainda está em construção”, falou.
Procurada para comentar o assunto, a Prefeitura de São Bernardo declarou que “ainda não foi definida programação alternativa”.
Em Santo André, onde o Carnaval também foi cancelado, a gestão anterior fez às escolas de samba o repasse de R$ 389 mil, do total de R$ 780 mil. Segundo a atual administração, “o montante ficará como adiantamento para 2018, caso seja possível retomar a realização do evento”.
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