Grupo de 30 taxistas de Santo André se encontraram na noite de ontem, em frente ao Terminal Rodoviária da cidade, para organizar ida amanhã, às 9h30, ao Sindicato dos Taxistas Autônomos de Santo André e Região, e cobrar atuação da entidade na luta contra o aplicativo Uber. Em seguida, os profissionais irão até a SA Trans (Santo André Transportes), também pedir posicionamento quanto à reivindicação da classe. “Tivemos reunião na SA Trans dia 19, levamos nossa pauta para que encaminhassem ao prefeito e demos prazo para que nos respondesse até quarta-feira, o que não ocorreu”, disse a taxista Lilian Andrea Matunaga , 43 anos.

A exemplo do que acontece em Santos, no Litoral paulista, os taxistas pedem por lei que proíba o aplicativo no município andreense. Em território santista, o projeto de lei do vereador Ademir Pestana (PSDB), foi sancionado pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, do mesmo partido, em novembro do ano passado. No entanto, mesmo proibido, o Uber ainda é usado na cidade.

Segundo os taxistas de Santo André, dados do Sindicato apontam que a cidade possui 420 profissionais da classe, contra 750 que atuam pelo Uber. “Nosso movimento caiu mais de 60% e a queda vem agravando cada vez mais”, falou o taxista Fábio Silva Santos, 42. “Se não tomarem providência, vai acabar a classe e o táxi tem história. Ou fazem algo, ou vamos parar a cidade. Não estão respeitando a categoria”, acrescentou.

“Nossa intenção é resolver tudo pacificamente”, disse o taxista Renato Stafocher Neto, 34.
Na tentativa de resgatar passageiros, os taxistas andreenses não estão cobrando a tarifa de 50% da chamada taxa de município, dentro do Grande ABC.