Depois do superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (PSB), agora é a vez do secretário de Obras de Mauá, Admir Jacomussi (PRP), dar sinais de rebeldia em relação ao prefeito Leonel Damo (PV).

Ele, inclusive, manda um recado direto ao chefe do Executivo: “Se for excluído do processo de escolha (dos candidatos a prefeito e vice), serei candidato a prefeito neste ano. Não abrimos mão de participar das conversações”. O secretário de Obras diz que, se optar pela eleição majoritária, já sairá com um arranque de 25 mil votos.

“Pelas obras que fizemos durante o período em que estamos à frente da Secretaria, o nome Jacomussi está em evidência na cidade. Isso sem falar na atuação de meu filho na Câmara (o vereador Átila Jacomussi-PV).”

Em 2004, o secretário de Obras foi candidato a prefeito (na época, pelo PPS), mas obteve apenas 7.966 votos. Ele foi vereador de Mauá por sete mandatos seguidos.

Jacomussi demonstra insatisfação com a polarização entre Damo e Chiquinho para definir o candidato pelo lado governista. “O prefeito já disse que se não for candidato apoiará Chiquinho, mas eu poderia ser a primeira opção. Para isso, seria necessário um grande acordo entre o grupo político que hoje está com o Leonel”, diz Jacomussi.

“Quem deu o pontapé inicial nessa aproximação com o Chiquinho fui eu. Agora não deveriam excluir meu nome dessa discussão. Poderia participar desse acordo”. Ele confirma que se reuniu com Chiquinho, no final do ano passado, para tratar de sucessão municipal.

Jacomussi admite, no entanto, que aceitaria ser vice em uma possível chapa com Leonel Damo, desde que não houvesse disputa pela vaga. “Se houver consenso, tudo bem. Teria disposição de aceitar. Mas se houver outros dois ou três nomes e quiserem fazer uma pesquisa, não irei me submeter a isso”, avisa.

Jacomussi avalia, no entanto, que a indefinição em torno da chapa governista para disputar a Prefeitura não a coloca em desvantagem em relação aos adversários.

“O PT também está com problemas. O Márcio Chaves (que perdeu a prévia para Oswaldo Dias) está excluído do processo no partido.”