Para Bedê, esse aumento no faturamento também deve-se a uma tendência geral da economia brasileira. “Todos os setores estão com comportamento semelhante. Apenas o de serviços permanece um pouco atrás, mas seu crescimento já é consistente.” A expectativa do coordenador é de que, no segundo semestre, os serviços voltem a crescer em igualdade com as indústrias e o comércio.
Na comparação de fevereiro com janeiro, foi registrada retração de 8,3% no faturamento das micro e pequenas empresas da região. E, em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda chegou a 7,3%. “Por causa do Carnaval, fevereiro teve menos dias úteis, tanto em relação com o mês anterior quanto na comparação com 2000. Em fevereiro deste ano, foram três dias a menos, o que provocou essas quedas”, disse Bedê.
O nível de pessoal ocupado no bimestre também apresentou elevação na comparação com o mesmo período de 2000, de 6,3%. A expansão de fevereiro sobre janeiro ficou em 2,9%, e, em relação a fevereiro do ano passado, em 8,5%. A Pecompe estadual apontou uma alta de 6,6% no pessoal ocupado no bimestre.
Para o coordenador da pesquisa, esse crescimento mostra que os empresários estão com boas perspectivas em relação ao ano todo, pois ampliaram as vagas. “Em 2000, a expansão da economia foi puxada, principalmente, pelas exportações. Mas, agora, é uma melhoria no cenário nacional.”
No primeiro bimestre de 2001, o gasto com salários, segundo a Pecompe, foi maior no Estado do que no Grande ABC. Bedê afirmou que a região liderou esses gastos até pouco tempo atrás. “O Grande ABC continua em crescimento, mas com aceleração mais moderada. Agora é a vez de outros locais elevarem as despesas com salários com mais velocidade.”
Nos dois primeiros meses do ano, os gastos salariais das micro e pequenas subiram 5,1% no Grande ABC. No Estado, essa alta foi de 15,1%, conforme a Pecompe. Na comparação de fevereiro com janeiro, os empresários da região reduziram em 2% essas despesas. Já em relação a fevereiro de 2000, foi registrado aumento de 4,7% no Grande ABC.
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