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Centrais se unem para mobilização

Sindicalistas escolhem dia 6 de julho para paralisação, com
dimensão nacional, a fim de ampliar as conquistas trabalhistas

Por Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
10/06/2011 | 07:00
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As principais centrais sindicais do País vão anunciar, na segunda-feira, agenda coletiva de mobilizações nacionais a fim de ampliar as conquistas trabalhistas. Os atos devem começar no segundo semestre.

A primeira atividade está marcada para o dia 6 de julho - quando a CUT definiu, após reunião com a direção da central, em março, torná-lo o Dia Nacional de Mobilização.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalvez, o Juruna, afirmou que o objetivo é encorpar a classe para que tenha fôlego na hora de brigar com o poder público para pedidos trabalhistas. "Queremos reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, a regulamentação da terceirização e temas que sejam do interesse dos trabalhadores."

Pedidos já programados pela CUT no dia 23 de março para ocorrerem no segundo semestre, após ocuparem o Congresso. Mobilização nacional que ganhou apoio, nesta semana, das demais centrais.

Uma nova ocupação na Câmara e Senado - estimada em dois dias -, por parte da CUT, está marcada quando acabar o recesso parlamentar, segundo o secretário geral da central Quintino Severo. Ele ainda propôs para o dia 6 a aprovação do Plano Nacional de Educação e reforma agrária. Pressionar o Poder Legislativo, além do Planalto, é meta sobretudo após as sucessivas derrotas na guerra travada pelas centrais pelo aumento do salário-mínimo e correções na tabela do IR, deflagradas desde o começo do ano.

"A CUT não concorda com tentativas de setores econômicos do governo que dizem que elevar os salários gera inflação. Isso é falso", diz ele, ao citar que, nas décadas de 1980 e 1990, a inflação era elevada, e os salários, reduzidos. Outra intenção é fazer com que aumentem as chances de sucesso nas campanhas salarias por reajustes dos vencimentos acima da inflação. "Sempre vamos brigar por isso."




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