Jogadores, comissão técnica e dirigentes do São Bernardo, acostumados à rotina de treinos e jogos, tiveram compromisso diferente ontem pela manhã. Atletas dos times profissional, sub 20 e feminino foram escalados para doar sangue e ajudar o banco de sangue do Hospital Anchieta, em São Bernardo, a manter o estoque em bom nível.

"O convite foi feito e nós, do São Bernardo, prontamente atendemos. Doar sangue é atitude louvável e que pode salvar vidas. Quero cumprimentar a todos os funcionários e atletas", afirmou o presidente do São Bernardo, Luiz Fernando Teixeira Ferreira, que participou da ação. No total, 65 litros foram coletados de 68 pessoas.

O clima entre os jogadores na sala de espera era de descontração e, mesmo aqueles que tinham algum receio de contratempo, disfarçaram bem.

Apontado pelos companheiros como um dos jogadores que teriam medo de tirar sangue, o zagueiro Júnior se defendeu. "Eu só não gosto da agulha, aí prefiro nem ver. Mas para quem já passou por duas cirurgias, doar sangue é tranquilo, além de ser causa importante", afirmou.

O meia Renato Peixe assumiu que prefere encarar a agulha do que os defensores adversários. "Enfrentar zagueiro é bem pior. A iniciativa é muito importante e serve de exemplo para a população", afirmou Peixe, ao salientar que alguns companheiros tem medo de agulha, mas, bem-humorado, preferiu não citar nomes. "É melhor não falar, não vou entregar ninguém", esquivou-se o atleta.

No fim de semana, o São Bernardo perdeu em casa para a Portuguesa Santista, por 1 a 0, pela 12ª rodada da Copa Paulista. Com o resultado, a equipe do técnico Luciano Dias caiu para a terceira colocação do Grupo 4, com 22 pontos. O Juventus, com 27, lidera, enquanto o Pão de Açúcar, com 23, está em segundo lugar.

O técnico Luciano Dias, que também doou sangue, terá a semana para treinar a equipe para o próximo compromisso, contra o Pão de Açúcar, domingo, fora de casa, em duelo direto pela segunda posição.