Os jogadores e comissão técnica do São Paulo tentam não abaixar a cabeça com o desperdício da primeira chance de garantir o título no empate diante do Fluminense (1 a 1), em pleno Morumbi. Apegam-se à arrancada que levou o time do sexto lugar, no início do segundo turno, à liderança da competição a partir da 33ª rodada.

O empate contra o Goiás, domingo, necessário para garantir a conquista, é considerado uma façanha muito mais provável pelos jogadores do que a grande recuperação da equipe na reta final da competição, que inclui uma série invicta de 17 jogos. "Alguns meses atrás ninguém acreditava que estaríamos a um ponto do título", lembrou o goleiro Rogério Ceni.

O capitão são-paulino lamentou mais uma vez não ter conquistado o título por antecipação. "A possibilidade de título era real com uma vitória sobre o Fluminense. Jogamos um pouco abaixo, ele não veio. Claro que gostaria de estar praticamente de férias agora. Infelizmente não será possível e vamos continuar trabalhando forte para conquistarmos o título no domingo."

O técnico Muricy Ramalho contou que o trabalho de motivação para a partida decisiva começou já nos vestiários do Morumbi, logo depois do empate diante dos cariocas. "Já dei uma sacudida no vestiário. É final de temporada, o time está no limite, mas temos de continuar firmes. O trabalho é a única forma de vencer a ansiedade que vai nos acompanhar até o fim do jogo."

INGRESSOS
O Goiás colocou 18.6 mil entradas à venda para o jogo de domingo com o São Paulo. A diretoria do clube decidiu cobrar R$ 400 pelos bilhetes e espera arrecadar mais de R$ 2,5 milhões para minimizar a perda de campo do Serra Dourada. O clube foi punido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva por conta de uma briga de torcidas no jogo contra o Cruzeiro. A partida será no Bezerrão. Quem levar um agasalho, brinquedo ou alimento para doação pagará R$ 200. Os objetos serão enviados às famílias vitimadas pelas enchentes em Santa Catarina.