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Modalidades começam em Pequim a luta para figurar no programa olímpico
Por Da AFP
22/08/2008 | 03:24
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Nada de presentes, nada de convites e tampouco visitas de cortesia: os esportes que desejam figurar no programa dos Jogos Olímpicos de 2016 começaram em Pequim sua luta para convencer o COI (Comitê Olímpico Internacional) com armas convencionais, isto é, seus 33 critérios de admissão.

Cinco modalidades - caratê, squash, rúgbi, patinação e golfe - almejam a admissão. Outros como o beisebol e o softbol, que estão se despedindo em Pequim, anunciam que voltarão a lutar pela recuperação de seu lugar o quanto antes.

O COI, que definiu em 2005 o programa de 2012, decidirá em outubro de 2009 quais esportes serão admitidos nos Jogos de 2016, além da eleição da cidade em que a Olimpíada vai acontecer.

Em Pequim, os representantes dos aspirantes lutam com as armas que estão autorizadas: cartazes publicitários e entrevistas com a imprensa para explicar que atendem aos critérios do COI. Até mesmo os encontros com os membros do COI são regulamentados.

A Federação Internacional de Caratê, por exemplo, destaca seus "mais de 100 milhões de adeptos", o rúgbi, sua tradição mais que centenária e a patinação sobre rodas sua popularidade entre os jovens.

"A história do esporte e sua tradição, sua universalidade, sua popularidade, sua capacidade para lutar contra o doping são os pilares para admissão", explica Emmanuelle Moreau, porta-voz do COI.

Em outubro de 2009, seus 115 membros receberão um resumo dos 33 critérios exigidos pelo COI, que vão desde o número de participantes até o de exames antidoping, passando pela importância da cobertura midiática ou dos ingressos da federação internacional em questão.

O softbol e o beisebol demonstram que a admissão, em qualquer caso, não é eterna. Em 2009 os esportes sobreviventes terão de provar que merecem seu lugar sob o risco de verem uma ou várias de suas provas desaparecerem, como aconteceu com a esgrima que, a cada Olimpíada, sacrifica uma prova por equipes.

O ciclismo, ameaçado por sua imagem estreitamente vinculada ao doping, se adaptou à tendência do COI introduzindo a competição de BMX, considerada mais juvenil, e o boxe tenta a admissão das mulheres no futuro.

Os esportes que figuram no programa têm até três anos antes dos jogos para pedir modificações de modalidades e provas.

Em qualquer caso, o COI limita em 28 o número de modalidades esportivas, com 302 provas e 10,5 mil atletas, por isso não existe lugar para todos.




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