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Roberto e Caetano: show será especial de TV
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22/08/2008 | 07:01
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A expectativa para o encontro de Roberto Carlos e Caetano Veloso nesta sexta-feira no Teatro Municipal do Rio, cantando Tom Jobim, é de um "show histórico", que vem até tirando o sono de fãs ansiosos. São Paulo mata a curiosidade na segunda e na terça, no Auditório Ibirapuera, onde as apresentações serão gravadas para um programa de fim de ano da Rede Globo e futuro lançamento em DVD. Juntos, eles vão cantar seis músicas, entre elas A Felicidade, Chega de Saudade e Teresa da Praia. Nas performances individuais, cada um se apresenta com sua banda/orquestra e seus respectivos maestros: Jaques Morelenbaum e Eduardo Lages.

Dentre os clássicos de Jobim escolhidos por Roberto estão as duas únicas que ele gravou, Lígia e Insensatez, além de Eu Sei Que Vou te Amar. O roteiro de Caetano tem Meditação (que ele também gravou) e Por Toda a Minha Vida. "Mais não conto para não estragar a graça da surpresa", diz Felipe Hirsch, que divide o trabalho de direção com Monique Gardenberg.

Ambos exaltam o fato de tudo estar fluindo em clima de dedicação e colaboração absolutas "em função de Tom Jobim". "Até fecharmos o projeto, tinha esperança mínima de que Roberto aceitasse cantar um repertório que não fosse dele", diz Monique. "Mas foi ótimo, ele é um doce, como Caetano."

Roberto é perfeccionista em detalhes, o que pode dar mais trabalho para a produção, mas o público tem a ganhar com resultados impecáveis. Ele e Caetano fizeram cinco ensaios até esta sexta-feira, quando se encontraram para mais um. Outros perfeccionistas, como Daniela Thomas e Beto Bruel, cuidam da cenografia (com projeções de imagens da natureza) e da iluminação. Nada, porém, segundo Hirsch e Monique, vai tirar o foco da principal atração do show: a música de Jobim.

Caetano Veloso e Roberto Carlos já trocaram figurinhas musicais algumas vezes, um cantando música do outro. Ambos também já tiveram o privilégio de cantar ao vivo com Tom Jobim em programas de televisão que foram registrados em CD. Em comum, ambos têm a influência da bossa nova, como quase todo brasileiro que foi jovem no início da década de 1960.

A bossa de Tom, Vinicius de Moraes e João Gilberto e a jovem guarda de Roberto Carlos estão na gênese do tropicalismo de Caetano. Cada um representa uma das três correntes mais fortes da canção brasileira daquele período, que dariam, em renovações constantes, no genérico conhecido como MPB.




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