Érica Luis da Silva, 24 anos, foi encontrada morta por vizinhos em um barranco ao lado dos prédios da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) no Jardim Santo André, em Santo andré, na madrugada de domingo. A vítima estava de bruços, seminua e com um cachecol enrolado no pescoço.

Nilton Camargo, 38, com quem, segundo testemunhas, Érica vinha tendo um caso a cerca de 9 meses, teria confessado o homicídio logo após ter cometido o crime.

Segundo o policial militar Pedro Paixão, que prendeu o acusado, vizinhos indignados lhe apontaram o apartamento de Camargo, que teria sido encontrado com mais um homem consumindo maconha e visivelmente alterado. "Ele chorou e contou que havia asfixiado a namorada, porque ela estava muito agressiva", disse o policial. O outro homem que estava no apartamento negou participação no crime.

Érica, mãe de quatro filhos com idades entre 1 e 5 anos, tinha passagem pela polícia por roubo, era usuária de drogas e havia registrado um boletim de ocorrência de lesão corporal contra Camargo no último dia 28 de maio.

À época, Érica contou à polícia que sofria contínuas agressões do companheiro e que quando voltou de uma viagem, o encontrou morando com outro homem, que segundo policiais seria o mesmo que estava com ele na madrugada de domingo. De acordo com o que Érica registrou no boletim de agressão, ela desconfiava que Camargo e o outro homem estavam tendo um caso. Os dois teriam negado.

A mãe da vítima, a dona de casa Creonice Mendes, 61, contou que Érica tinha medo de Camargo, mas que gostava muito do companheiro. "Eu já imaginava que isso poderia acontecer um dia. Mas, a minha filha não conseguia largar dele". O irmão, o pedreiro Daniel Duarte, 37, disse que a família tentou ajudar. "Dávamos conselhos, mas ela não ouvia."