O eleitorado de Mauá deu nota 4,2 para o governo do prefeito Donisete Braga (PT), deixando o petista na penúltima colocação na lista das sete cidades. A margem é apontada pelo levantamento do DGABC Pesquisas, encomendado pelo Diário, e se apresenta estável, com alta mínima de 0,1 ponto percentual em relação à sondagem anterior, publicada em novembro. Por outro lado, a população conferiu número de 4,7 na amostra de junho do ano passado, o que configura declínio de 0,5 ponto percentual em um ano.

Conforme a pesquisa, 73,8% dos entrevistados deram nota entre 0 a 6 e 20% concederam marca de 7 a 8. Apenas 5,3% dos questionados disseram que a gestão do petista deveria receber avaliação de 9 e 10. A administração Donisete apresenta índice baixo de aprovação: 19,8%.

Apesar de o resultado não ser de motivo de comemoração na Prefeitura, o saldo de satisfação era pior há oito meses, quando ele obteve análise positiva de somente 16% dos eleitores do município.

O número daqueles que consideram o governo regular caiu de 37,1% para 34% nesses um ano e sete meses de mandato (sendo a maioria – 18,5% – de regular mais para bom). A rejeição aos trabalhos do Paço encontra-se no patamar elevado de 43%. Mesmo assim, houve queda de 1,9 ponto percentual se comparado com a margem anterior. Em contrapartida, esse nível negativo era de 27% na primeira sondagem, de junho do ano passado. O questionário foi aplicado em 400 pessoas.

O transporte público continua sendo a pedra no sapato do petista. Até agora, o Paço não conseguiu destravar as linhas de coletivo na cidade. O governo declarou a Suzantur como vencedora do leilão, só que duas empresas (Viação Diadema Ltda e Princesa Turismo Eireli) entraram com recurso contra a decisão da comissão de licitações da Prefeitura. O prefeito tem a intenção de assinar hoje contrato com a Suzantur como forma de agilizar reforma no setor prometida por ele em campanha.

Por seis meses, contabilizados a partir de outubro, Donisete enfrentou dificuldades na Câmara com a consolidação de grupo independente, formado por 11 vereadores. O caso resultou na paralisação de propostas do Executivo, como o Luos (Lei de Uso e Ocupação do Solo) e Código de Obras, itens considerados estruturantes para a área imobiliária por aumentar rigidez da legislação.

Outro aspecto que não teve resolução foi o imbróglio que envolve a assinatura do acordo entre a Caixa Econômica Federal e o Paço para repactuar a dívida pública de Mauá. O acerto vai permitir que a cidade volte a receber parte do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). O acordo do débito foi o principal ato administrativo do petista em 2013, mas até hoje o caso permanece sem desfecho.

PERFIL
Na avaliação a partir da escolaridade, Donisete tem o pior índice entre os eleitores que possuem Ensino Médio completo, com nota 4. O melhor desempenho do petista, por sua vez, está na população analfabeta e Ensino Fundamental incompleto e completo. Ele recebeu margem de 4,5 por esse público.

Pela faixa de idade, os entrevistados de 16 a 24 anos conferiram o maior número à administração, que iniciou mandato em janeiro de 2013, atribuindo 5,2. A avaliação mais baixa ficou entre aqueles que têm entre 25 a 34 anos, que deu margem de 3,5. A população com 60 anos ou mais também apontou nível negativo, de 3,6.

Contabilizando os candidatos votados no segundo turno, a gestão teve nota 3,4 dos eleitores que simpatizam com a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). Donisete conseguiu margem de 5 entre aqueles adeptos do projeto do PT.

A margem de erro da pesquisa é de cinco pontos percentuais. As entrevistas foram realizadas no dia 28. A sondagem foi protocolado sob o registro SP-00012/2014 no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).