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Greve do Metrô afeta passageiros da região

Sem acordo com a empresa, trabalhadores prometem continuar com a paralisação hoje

Fábio Munhoz
Renata Rocha
06/06/2014 | 07:00
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A greve dos metroviários prejudicou o deslocamento de moradores do Grande ABC para a Capital durante todo o dia de ontem. As linhas 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente) e 3-Vermelha (Barra Funda-Itaquera) tiveram operação parcial. Os demais ramais funcionaram normalmente. A categoria decidiu manter a paralisação hoje.

Passageiros da região que utilizam as estações Sacomã e Tamanduateí, ambas da Linha 2-Verde, tiveram dificuldades. Os pontos de parada integram o caminho feito por grande parte dos usuários que vêm de São Bernardo e pelos que utilizam a Linha 10-Turquesa (Brás-Rio Grande da Serra) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Pela manhã, o clima era de dúvidas. “Trabalho na Paulista e não faço ideia de como ir para lá. Vou ligar para o meu chefe e avisar que chegarei atrasada”, lamentou a analista de recursos humanos Tamires Paschuetto, 24 anos. A secretária Marcia Carzola, 44, que trabalha no Tucuruvi, desistiu de ir ao serviço. “Vim até a estação para me informar, mas como não são todas as linhas que estão funcionando, não irei.”

A Capital registrou trânsito recorde de manhã, com 209 quilômetros de lentidão. O índice é o terceiro maior da história no horário. O recorde é de 249 quilômetros, às 10h do dia 23 de maio de 2012, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

Na Estação Prefeito Celso Daniel-Santo André da CPTM, cartazes informavam que a integração com o Metrô não estava sendo feita nas paradas Palmeiras-Barra Funda, Tamanduateí, Tatuapé e Luz.

Para minimizar os impactos, a CPTM colocou em operação programa para atendimento emergencial aos passageiros. Os trens circularam com menor intervalo nos horários de pico nas seis linhas. A companhia informa que o plano paliativo deverá será mantido hoje. A CET também suspendeu o rodízio. Hoje estariam proibidos de circular os veículos com placas final 9 e 0.

Trabalhadores e representantes do Estado se reuniram na tarde de ontem em audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas não houve acordo. O Metrô ajuizou ontem dois dissídios coletivos no TRT. A desembargadora Rilma Aparecida Hemetério deu prazo de 24 horas para que os trabalhadores se manifestem. Em seguida, será marcado julgamento. A magistrada manteve a liminar que determina manutenção de 100% da frota nos horários de pico e 70% nos demais. 




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