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Nardini reabre leitos de internação
Evandro Enoshita
12/07/2010 | 07:06
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André Henrique/DGABC


Até o fim do mês, com a reabertura de 24 leitos da clínica médica do sexto andar, o Hospital Doutor Radamés Nardini, em Mauá, pretende acabar com as internações nos corredores. É o que garante a superintendente do centro hospitalar, Vânia Barbosa. Desde março, o hospital está sob a administração da Fundação do ABC.

"Essa é a nossa meta. Ainda mais porque notamos um aumento na procura pelo hospital nos últimos meses. Atualmente dispomos de 45 leitos na clínica médica do quinto andar, mas temos uma demanda por até 60 leitos", afirmou Vânia.

Desde 2007, a clínica médica do sexto andar estava interditada por falta de condições de uso. Segundo a superintendente, os 24 novos leitos serão destinados aos pacientes que precisam de acompanhamento médico mais próximo, mas que não demandam internação na UTI.

Para entrar novamente em funcionamento, a ala passou por reformulação geral. Iniciada em maio, a reforma incluiu revisão da parte elétrica e hidráulica, as paredes receberam novas janelas e pintura de cor verde, a mesma do piso, que também foi substituído. Dentro do projeto, foi construído ainda um banheiro adaptado para pessoas com deficiência.

As intervenções se estenderam ao telhado do edifício. Calhas, caixa d'água e o forro do teto foram substituídos, enquanto a laje passou por um processo de impermeabilização.

PROBLEMAS - "Ainda temos muitos problemas de infraestrutura. Existe a necessidade de se fazer a reforma geral no hospital. As enfermarias já estão em reformulação e a parte elétrica será toda revisada. Há a necessidade também de troca de todo o mobiliário hospitalar", avalia a superintendente do Nardini.

Vânia Barbosa espera que no prazo de um ano o centro hospitalar - que recebe verba mensal de R$ 4 milhões da Prefeitura - possa contar com melhores instalações para atendimento. "Para isso, contamos tanto com o apoio das várias esferas do poder público, como da iniciativa privada", disse.

ABANDONO - Em dezembro de 2008, a equipe do Diário teve acesso às instalações da clínica médica e constatou diversos problemas. As paredes apresentavam manchas de mofo, devido às constantes infiltrações de água. Chapas de madeirite ocupavam o lugar dos vidros nas janelas quebradas, enquanto a ferrugem tomava conta do mobiliário hospitalar.

Melhoria no atendimento não é unanimidade

A melhoria no atendimento do Hospital Nardini não é opinião unânime entre os usuários do centro hospitalar.

Segundo a superintendente Vânia Barbosa, apesar dos elogios que o hospital vem recebendo, falta de vagas e baixa qualidade de atendimento ainda estão entre as reclamações mais frequentes.

Para o motoboy Ronald Conceição Vieira, 22 anos, o atendimento ganhou agilidade na comparação com anos anteriores. "Já fiquei três horas na fila, esperando por atendimento. Agora é no máximo uma hora", afirmou Vieira.

Já na opinião da dona de casa Lúcia Cordeiro, 48, a impressão é de que as mudanças foram apenas aparentes. "Estão reformando o prédio, mas na minha opinião o atendimento ainda está demorando muito", comentou.




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