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Aquecimento e crescimento

A economia brasileira segue registrando significativo crescimento em 2010

Por Cláudio Conz
12/08/2010 | 00:00
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A economia brasileira segue registrando significativo crescimento em 2010. É notório o desempenho da indústria (alta de 4,2%) e FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo de 7,4%. No primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 o avanço da FBCF foi de 26%, o maior da série histórica iniciada em 1995. O ritmo de crescimento do País, em termos anualizados, alcançou 11,4%. A construção civil contribuiu para sustentar o avanço da indústria no trimestre, tendo registrado recorde ao subir 14,9%.

No entanto, espera-se um desaquecimento sem a presença dos estímulos vigentes, como as desonerações do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a redução do compulsório dos bancos e a taxa de juros, que se encontrava em seu menor patamar e que agora está em ritmo de alta.

Pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) comprova que a crise não atingiu a maioria dos brasileiros. Os mais pobres seguem em ascensão e a classe C passou de 42% para 53% da população (quase de 103 milhões de habitantes) entre 2003 e 2009. Esta mobilidade social está gerando mudanças significativas no mercado brasileiro.

Desde 2002, cerca de 25 milhões de brasileiros deslocaram-se da base para o miolo da pirâmide social, alteraram o perfil de consumo no Brasil, passando a usufruir de vários confortos típicos de classe média.

A taxa de desemprego caiu sensivelmente nos últimos oito anos. Se considerarmos a geração líquida de empregos públicos e formais, desde 2003, já foram criados 12,4 milhões de novos postos de trabalho. Em termos acumulados nos últimos 12 meses, foram geradas 1,9 milhões de novas vagas no País.

A maior estabilidade da economia, o alongamento de prazos e a redução de taxa de juros das operações impulsionaram a demanda por empréstimos, tanto no segmento de pessoa física quanto jurídica. A oferta de crédito para pessoa física no acumulado de 12 meses teve um incremento de 19,1%, sendo destaques as operações que oferecem maiores garantias tangíveis para os credores: a aquisição de bens e leasing e o crédito pessoal.

O crédito imobiliário registrou alta de 50% nos últimos 12 meses acumulados até abril deste ano, taxa recorde de expansão. A atual relação crédito imobiliário/PIB (Produto Interno Bruto) de 3,2% ainda está entre as mais baixas do mundo.

Nosso déficit habitacional (6 a 8 milhões de unidades) permite a expansão do mercado com linhas de financiamento mais abundantes e acesso de todos os segmentos da sociedade.

O Brasil apresenta uma das mais baixas taxas de comprometimento da renda domiciliar com crédito imobiliário e consumo. Ao contrário de países industriais, a dívida privada no País é muito mais direcionada para o consumo do que para a habitação.

Nos últimos anos, o déficit da Previdência reduziu-se para o equivalente a 1,4% do PIB. A inversão na tendência de crescimento do déficit é conseqüência, em parte, da formalização do mercado de trabalho e do crescimento da arrecadação.

Não temos nada a temer. Para os que estão acostumados a trabalhar com dedicação em seu negócio, o ambiente no mercado brasileiro é simplesmente o que existe atualmente de melhor.




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