Automóveis Titulo Avaliação
Grandalhão tecnológico
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
20/06/2012 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O Edge chegou lá fora em 2006 e aqui no fim de 2008. Desde então, o modelo já chamava a atenção nas ruas e trazia boa dose de conforto e modernidade. Um sucesso, certo? Errado! Próximo dos R$ 150 mil, o veículo passou longe de ser um best seller entre os crossovers de luxo comercializados no Brasil. Era necessário se atualizar, e, claro, baixar os preços.

Dezembro de 2010. Eis a nova versão. Mas mexer nos filetes prateados que sustentam o logo da montadora, alongar os faróis (que trazem a inscrição do nome na lente) e remodelar lanternas e para-choques (com LEDs na dianteira), ainda não eram suficientes. Foi a vez de pensar no preço.

Em fevereiro deste ano a Ford passou a vender a variante FWD (tração dianteira), tudo para ter um leque maior de opções e, claro, baixar o valor. Na prática, nada muda, pois quase 100% dos compradores do modelo usam o veículo mesmo é no asfalto - ambiente onde o 4x4 torna-se até mesmo desnecessário.

Partindo de R$ 127.150, o modelo (FWD) pode chegar a R$ 150.590, caso o cliente opte por todos os opcionais, como comandos de voz para funções de telefone (em português), teto solar e panorâmico de dois estágios e Sync Media System.

O QUE É O SYNC?

Desenvolvido em parceria entre a Ford e a Microsoft, o sistema é o responsável por todo o entretenimento a bordo. De acordo com a montadora, segue o conceito de tecnologia a serviço da segurança: mãos no volante e olhos na estrada.

Sob comando de voz, é possível fazer chamadas no celular, buscar um nome na agenda, aquecer os bancos, trocar a cor da iluminação da cabine, ter acesso a todas as funções do computador de bordo, além de controlar o sistema de som (Sony). O CD player reconhece MP3, USB, SD Card e traz entrada de áudio/vídeo e rádio HD.

Na tela de oito polegadas no centro do painel (sensível ao toque) ainda é possível acessar o sistema de navegação GPS (em português), ver as imagens da câmera de ré, entre outros mimos.

Para concorrer com modelos da categoria de Land Rover e Volvo, é necessário apelar ainda mais para o luxo. E o Edge não deixa a desejar. Por dentro, beleza e funcionalidade dançam a mesma música. Desde os materiais agradáveis ao toque, até a iluminação Ice Blue do quadro de instrumentos, tudo é muito caprichado. Sem contar o espaço para os cinco ocupantes, que viajam sossegados, uma vez espalhados nos 2,82 metros de entre-eixos.

Motor tem bom desempenho

Deixando a estética e a funcionalidade um pouco de lado, é hora de falar como este grandalhão se comporta nas ruas.

Embaixo do capô dianteiro, o Edge carrega o motor 3.5 Duratec V6 de 289 cv (a 6.350 rpm). Mas, ao contrário do que muitos pensam, o dado que realmente importa quando se fala em desempenho é o torque. São 34,9 mkgf a 4.000 rpm. Muito bom em se tratando de um veículo tão grande - e pesado, já que supera as duas toneladas. Força aqui é a palavra de ordem.

Para completar o conjunto mecânico, vale falar do bom trabalho da transmissão automática de seis velocidades, batizada de SelectShift pela Ford. As trocas de marcha são praticamente imperceptíveis.

Porém, aqueles que preferem cambiar o carro, sentirão pequena dificuldade, pois o sequencial aqui não é feito através das borboletas atrás do volante e tampouco empurrando ou puxando a alavanca de câmbio, mas por um botão localizado em seu lado esquerdo. Um pouco incômodo.

No Edge, ponto para a autonomia. Além do tanque de até 68 litros (na versão com tração dianteira), o modelo conta com sistema aprimorado de corte de combustível nas desacelerações, que reduz o consumo quando o torque não é exigido.

Produzido em Ontario, no Canadá, o Edge também é vendido nos Estados Unidos, México, Chile, Colômbia, Uruguai, Venezuela, Equador, Japão, China, Coreia do Sul, África e em alguns países do Oriente Médio.




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