Palavra do Leitor Titulo
O desafio de educar para a diversidade

No filme Entre os Muros da Escola (França, 2008), em uma sala de aula marcada por diferentes conflitos

Dgabc
14/10/2011 | 00:00
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Artigo

No filme Entre os Muros da Escola (França, 2008), em uma sala de aula marcada por diferentes conflitos, a certa altura uma adolescente de ascendência árabe questiona seu professor sobre o porquê de os livros didáticos trazerem personagens apenas com nomes franceses, como se não existem pessoas com nomes árabes. Com isso, queria ilustrar o desconforto sentido por diversos jovens de origem não francesa e o choque cultural vivido naquela escola e, claro, em toda a França.

Evidentemente, essa é situação tipicamente vivida na Europa, onde o tema da atenção à diversidade na Educação ganha corpo já há algumas décadas. São problemas reais, enfrentados com grande dificuldade pelo sistema escolar. Mas não queremos falar delas, apenas ilustrar, com esse exemplo, um dos mais importantes desafios da escola contemporânea brasileira: a educação para a diversidade. No Brasil, o tema da diversidade está cada vez mais presente. Mas, como costuma acontecer em nossa tradição pedagógica, ainda vivemos em dois mundos - o das boas teorias e das práticas defasadas.

Somos um País que tem a diversidade cultural em suas raízes históricas, amalgamando influências indígenas, negras, europeias. Do ponto de vista social, nossa escola reúne crianças nas diferentes situações socioeconômicas, que têm suas próprias experiências e aprendem em seu próprio ritmo. Contudo, de modo geral, as escolas brasileiras ainda parecem funcionar como se tivessem apenas um tipo de estudante: o aluno ideal, que corresponde a todos os estereótipos daquilo que desejamos consciente ou inconscientemente. Parafraseando o autor português João Barroso, ainda educamos a muitos como se fossem um só, e não a todos como se fossem ‘cada um'. A diversidade cultural é tratada muitas vezes de modo quase folclórico; já as diferenças individuais, especialmente as ligadas às questões sociais, são simplesmente ignoradas.

Isso precisa mudar. Nossas salas de aula são de uma diversidade incrível, que produzem grande riqueza humana. São espaço fecundo para as trocas, para que as crianças se expressem, ganhem autoestima e se orgulhem do que são. A questão da diversidade precisa estar contemplada nos materiais empregados, nas práticas pedagógicas cotidianas. Mais do que isso, precisamos preparar nossos professores para mudança de atitude, para criar ambiente onde as diferenças sejam combustível de rica experiência educativa.

Francisca Romana Giacometti Paris é pedagoga, mestre em Educação e diretora de serviços educacionais.

PALAVRA DO LEITOR

Comércio

Em 2004, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias, vendeu trecho de rio, na Vila João Ramalho, por R$ 39,3 mil. Os rios são bens de uso comum do povo e não podem ser vendidos. O professor Oswaldo sabia disso, mas passou por cima da legislação para vender para um o que é de todos e resolveu insistir no erro: agora irá comercializar duas nascentes em área pública por pelo menos R$ 24 milhões, no bairro Sertãozinho. Dias está dia a dia mais parecido com Damo. Pobre Mauá,sem motivos para ser feliz esperando por dias melhores.

Gecimar Evangelista
Mauá

Retrato Brasil

Temos trágico quadro que escraviza o cidadão brasileiro de forma silenciosa e iníqua. Nossos governantes cantam progresso sem o mínimo resultado em benefício social. Prega-se ao mundo a ‘transparência', porém nossos comandantes são eméritos em impunidade, uma vez que são os protagonistas da corrupção, primeiros lugares no planeta. Nossos líderes são entulho de um Estado novo, mantenedores de um Estado velho, geradores de uma juventude que ainda não aprendeu a gritar.

Paulo Rogério Bolas
Santo André

Supersecretário

Dificilmente veremos secretário municipal com tamanha força como Nilson Bonome. O único que se exonera como secretário e dá posse ao seu sucessor, seu secretário adjunto, de sua anterior nomeação, na Secretaria de Saúde, sem a presença do prefeito, que seria a pessoa a exonerar e nomear secretário. Vai continuar mandando, sob a alegação de que assim vai somente exercer a função de secretário de Governo, declarando descaradamente que assim vai ter tempo de coordenar a campanha do prefeito, como se a Pasta não tivesse outra função, a não ser fazer campanha política, às custas do dinheiro dos contribuintes. Ele é quem manda e desmanda na Prefeitura, desde simples poda de árvore até o aumento a ser dado para os funcionários, desrespeitando o secretário de Planejamento, entre outras tantas. Adivinhem quem vai ser o candidato a vice na chapa do prefeito Aidan? Como dizem em corrida de cavalos e outros animais, é barbada.

Aylton Denari
Santo André

José Sarney

Para o honorável e outrora ‘grande ladrão' (segundo o ‘cara') presidente do Senado, José Sarney, a crítica do roqueiro Dinho Ouro Preto, com a música Que País é Este? dedicada ao senador no Rock in Rio, foi injusta. Afinal de contas no seu (dele) governo contribuiu-se para ‘a maior liberdade de expressão que já se teve no País'. Terminou a entrevista lembrando, sutilmente, que o pai do roqueiro, diplomata Afonso Ouro Preto, foi nomeado embaixador quando era presidente. Portanto, o ‘honorável', como ‘não' oligarga, pretende a reverência de todas as gerações do ex-diplomata, ou estamos enganados? Para bom entendedor, meia palavra basta!

Aparecida Dileide Gaziolla
São Bernardo 




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