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Mauá sofrerá seqüestro judicial de R$ 9 milhões
Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
06/05/2006 | 08:34
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Duas coisas já estão certas para o prefeito de Mauá: uma é o seqüestro judicial de aproximadamente R$ 9 milhões prestes a chegar ao Paço Municipal. A outra, e mais preocupante, é que ele não terá como pagar o precatório. “Se o seqüestro fosse hoje, a Prefeitura não teria esse recurso. Mas ela terá obrigação de pagá-lo. A forma, eu não sei. Mas tenho impressão que, dentro de 30 ou 60 dias, ele precisará ser sanado”, disse Leonel Damo (PV), que sexta-feira visitou o Diário acompanhado do secretário de Comunicação, José Ricardo Figueiredo Gomes, e do chefe de gabinete, Wilson Carlos de Campos.

O grande problema, segundo afirmou o prefeito, está na imprevisibilidade das decisões judiciais. Ele ressaltou que Mauá tem hoje cerca de R$ 160 milhões em dívidas com precatórios. Somente neste ano, a administração já perdeu cerca de R$ 2,9 milhões por conta disso. “Essa é a razão pela qual o prefeito fica inibido em iniciar algumas obras”, lamentou Damo.

A esperança do prefeito ainda é a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) dos precatórios em tramitação no Congresso. A emenda prevê destinar um percentual fixo do Orçamento das cidades para o pagamento das dívidas e interrupção nos confiscos de receita. “O que vai salvar Mauá e os demais municípios é a PEC. Ao menos os prefeitos assumiriam sabendo o quanto teriam de pagar durante o ano em precatórios.”

Panos quentes – O prefeito aproveitou a visita para dar sua versão a respeito da polêmica sobre a reunião que teve na última quarta-feira com o secretário-chefe da Casa Civil do governo estadual, Rubens Lara. No encontro, Damo recebeu a notícia de que, por enquanto, a secretaria de Transportes não irá mais investir na construção do viaduto Capuava, como prometera anteriormente. A informação desagradou duplamente o secretário de Obras de Mauá, Admir Jacomussi. Além de ver a principal obra prevista para 2006 vetada, ele inconformou-se por não ter sido avisado a respeito da reunião. “Como sabia que nada seria decidido nesta reunião, não quis tirar o Admir de sua secretaria à toa”, explicou Damo.

Outra questão que gerou críticas pesadas de Admir e de seu filho, o vereador Átila Jacomussi, foi a presença do peefelista Manoel Lopes no encontro. Damo disse que convidou o parlamentar apenas porque este lhe pedira anteriormente que o levasse na próxima visita que fizesse ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Sobre um possível racha entre Átila e Manoel, que compõem sua base de apoio no Legislativo, Damo foi taxativo: “Preciso que eles estejam unidos na hora de votar os projetos. Na disputa interna entre eles eu não interfiro.”




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