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Sem 'chorar', Rincón quer título do Campeonato Brasileiro
Por Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
21/05/2004 | 00:34
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Levantar a cabeça e tocar a vida adiante. É com esse pensamento que o elenco do Corinthians desembarcou nesta quinta, sob forte esquema de segurança, no aeroporto de Cumbica, horas após ser eliminado da Copa do Brasil com a derrota por 2 a 0 para o Vitória, em Salvador. Apesar de os jogadores terem criticado o árbitro Alício Pena Júnior, que não marcou uma penalidade em cima do volante Rincón nos minutos finais do jogo, o próprio colombiano salientou que o alvinegro não “pode ficar chorando e tem de pensar no Brasileiro.”

Para o volante Rincón, apesar do erro do juiz e a conseqüente desclassificação da Copa do Brasil, não adianta mais reclamar. “Não dá para ficar chorando. Temos de pensar no Campeonato Brasileiro agora. Mas se fosse no Pacaembu o juiz dava”, disse o colombiano.

O técnico Oswaldo de Oliveira lamentou a falha do árbitro, mas não acredita que o Corinthians mergulhe novamente na crise. “No futebol não tem crise, e sim derrotas que danificam o ânimo da equipe, mas mantivemos o nível dos últimos jogos e vamos de cabeça erguida para o próximo jogo”, afirmou o treinador, numa referência ao confronto com o Atlético-PR, domingo, no Pacaembu.

Oswaldo de Oliveira aprovou o comportamento do time no estádio Barradão. “Criamos chances durante o jogo todo e encaramos o Vitória de igual para igual. Estou orgulhoso pelo futebol que apresentamos, e só lamento termos sido eliminados da maneira como aconteceu”, disse o técnico. “Não vou desvalorizar a classificação do Vitória, que tem seus méritos, mas o árbitro errou em um lance decisivo. Uma pena.”

A diretoria do alvinegro armou um esquema sem precendentes para garantir a integridade física dos jogadores e membros da comissão técnico no aeroporto internacional de Guarulhos. Mais de dez seguranças superequipados e guardas da Polícia Militar foram convocados para proteger a delegação. Os dirigentes temiam que membros das organizadas pudessem atacar ovos, como aconteceu no dia 16 de março, após o quase rebaixamento da equipe no Campeonato Paulista.

O trabalho dos seguranças, porém, foi em vão, uma vez que nenhum torcedor se deslocou até o aeroporto para recepcionar a delegação.

Para tentar amenizar o clima ruim no clube, o vice-presidente Antônio Roque Citadini contratou o diretor de Futebol e psicólogo Paulo Angioni. Ele trocou o Fluminense pelo Corinthians. Irá receber R$ 30 mil mensais e será apresentado oficialmente nesta sexta pela manhã.




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