Setecidades Titulo Drive-thru na escola
Escola realiza evento para alunos ‘matarem’ a saudade e arrecadar donativos

Crianças ganharam mimos e se emocionaram com reencontro e abraços nas educadoras

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
27/07/2020 | 00:01
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Bia Moço/DGABC


A pandemia do novo coronavírus, que obrigou as pessoas a ficarem em casa, fez com que os educadores, e consequentemente os alunos, sentissem falta do contato. Pensando nisso, a escola de Educação Infantil Cirandinha, na Vila Bocaina, em Mauá – mantém alunos de zero a 5 anos –, promoveu ontem o Drive-thru da Saudade, atividade que buscou, além do reencontro das crianças com as professoras, arrecadar alimentos, que serão destinados a instituições.

O evento, que durou das 10h ao meio-dia, recebeu com festa as famílias, que entraram na brincadeira. Cada carro que chegava em frente à unidade buzinava, levando mimos às educadoras, como flores e bolos. A animação não somente contagiou os alunos, mas também todas as pessoas que passavam na rua, que acabaram interagindo com a ação. Os pequenos não saíram de mãos abanando: levaram sacola de atividades, caixa surpresa com doces e bexigas.

Proprietária do Cirandinha, Camila Latorre de Andrade, 38 anos, contou que presentear os alunos foi uma forma de mostrar que a escola está ao lado deles, mesmo que, por enquanto, estejam a distância. “Retribuímos ainda as doações que as famílias estão trazendo com cartelas de bingo, que será realizado no dia 9 de agosto, virtualmente”, comemorou a educadora. 

Com 70 alunos, a unidade educacional ficou “sem vida”, como relatou Camila. Embora os alunos tenham contato com as professoras via aulas on-line, as faltas de afeto e proximidade estão “fazendo falta”, disse a dona da escola.

Durante o evento, mesmo que a intenção fosse que as entregas pudessem ser feitas através da janela dos veículos, as crianças não se contentaram em ficar somente nos carros. Algumas, inclusive, desceram correndo para os braços das ‘tias’, como costumam chamar as educadoras, emocionados com o reencontro.

A pequena Fernanda Rodrigues, 4, frequenta a unidade desde que tinha seis meses. “Sinto saudades de estudar com meus amigos e brincar” contou. A mãe, Sueli Rodrigues, 34, relatou que Fernanda tem se mostrado ansiosa para o retorno. “Viemos a este evento para que a Fê, mesmo que de longe, matasse um pouco da saudade das professoras”, contou.




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