Legislativo vai apurar denúncia de Gilmar Miranda sobre favorecimento em testes de Covid na cidade
A Câmara de Rio Grande da Serra aprovou a instalação de CPI para investigar suspeita de favorecimento de atendimento de parentes de funcionários da Prefeitura na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade.
O pedido de comissão, feito pelo vereador e pré-prefeiturável Clauricio Bento (DEM), tem como base série de áudios de autoria de Gilmar Miranda de Almeida, que já foi secretário no governo de Gabriel Maranhão (Cidadania) e hoje trabalha no gabinete do deputado federal Alex Manente (Cidadania), de São Bernardo.
Nos áudios, Gilmar diz que buscou atendimento na UPA, pois apresentava sintomas da Covid-19 – relatou perda de paladar e olfato. Também comentou que seus familiares estavam com indícios da doença. Acusou que estava à espera para ser diagnosticado quando uma parente do médico de plantão saiu da sala revelando ter feito, no município, teste para saber se estava com a Covid-19. “Mas, para o pessoal do lado de fora, disseram que não havia teste”, denunciou Gilmar.
“Ela é nora do médico e sequer mora em Rio Grande. Não é para ter pena de mim. É para ter pena do povo de Rio Grande”, adicionou. “Tenho sorte de a minha mulher ter convênio médico e eu também. Por isso pude fazer o teste na rede privada.”
A base de sustentação tentou evitar a instalação de CPI, sugerindo que Gilmar Miranda fosse convidado a prestar esclarecimentos sobre o episódio antes da abertura de uma comissão investigativa. “Serviria até para balizar um eventual pedido de CPI”, comentou João Mineiro (PL). A sugestão foi derrubada.
A CPI será composta pelos vereadores Israel Mendonça (PDT), Jhol Jhol (PSD), Toninho Correa (PSD), João Mineiro e Clauricio. Silvio Meneses (PDT) chegou a ser sorteado para compor o bloco, mas declinou alegando não ter tempo para participar dos trabalhos. “Meu tempo é escasso para estar aqui (na Câmara) durante o dia”, alegou. Irmão de Gilmar, o vereador Agnaldo Almeida (PSDB) foi impedido de participar do sorteio.
“Vamos agora dar diretrizes ao trabalho porque o Gilmar cita alguns nomes, outros não. Vamos adentrar nessa acusação e tenho certeza que descobriremos outras falhas”, alertou Clauricio. “Vamos trabalhar com cautela, até porque o próprio Gilmar disse que está com Covid. Vamos pedir o exame dele primeiro para deliberar sobre os trabalhos”, adicionou. Clauricio deve ficar como presidente do bloco, entretanto, só semana que vem a função de cada integrante será definida.
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