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ONG ajuda pais e filhos a brincarem na quarentena

Instituição de Sto.André tem produzido vídeos para que pais e filhos desenvolvam atividades

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
17/04/2020 | 00:01
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A suspensão das aulas nas redes municipais, privadas e estadual do Grande ABC atingiu também as instituições que prestam atendimentos seja em período integral, seja no contraturno escolar. É o caso da ONG (Organização Não Governamental) Amélia Rodrigues, que atende 291 crianças em Santo André. Para ajudar os pais a manterem o aprendizado das crianças e para que todos possam brincar juntos, a instituição tem postado em suas redes sociais e enviado aos responsáveis pelos educandos, desde o dia 23, vídeos com dicas de brincadeiras e atividades que podem ser feitas em família.

A coordenadora pedagógica da instituição Andrea dos Santos, 45 anos, explicou que a ideia foi garantir que as crianças pudessem continuar em casa um pouco do que era desenvolvido nas salas de aula. “Conversei com os educadores e propus alguns temas que pudessem ser gravados. Eles também sugeriram temas de acordo com nossa proposta pedagógica e rotina”, relatou. 

A auxiliar de limpeza Claudia Maria de Souza e Silva, 34, moradora da Vila Palmares, é mãe do pequeno Pedro, 2. O garoto passava o dia todo na instituição e agora tem ficado com ela, que também está sem trabalhar, por causa da quarentena imposta no Estado. Para a família, a experiência de receber o conteúdo on-line tem sido muito positiva. 

“Já fizemos várias atividades. Nos divertimos e observei o que ele gosta de fazer”, relatou. “É uma boa ideia para as mães que estão em casa com as crianças, porque segue o ritmo da creche e eles gostam. Tem me ajudado bastante, pois ficar dentro de casa só assistindo TV e mexendo em celular não passa o tempo”, concluiu.

Para Rannely Caputo, mãe do Luiz, 5, as atividades têm sido ótimas para entreter o menino. “Tenho aproveitado este tempo de quarentena para cuidar e brincar mais com o meu filho. Nem sempre isso é possível, por causa da correria do dia a dia, casa e trabalho”, observou. “O Luiz já fez aulas de ginástica, massinha e tinta guache, em casa, com as orientações dos educadores, e adorou”, completou a mãe. 

Educadora na instituição, Daiane Bastos, 26, destacou que todos os vídeos que estão sendo produzidos buscam trazer atividades que sejam simples para que as famílias possam executar, como massinha de modelar caseira, maneiras de se contar história e até a forma adequada para a higiene das crianças. “Todas as propostas de trabalho têm uma intencionalidade pedagógica. Desenvolver a coordenação motora, a cooperação, o trabalho em grupo e formas de preparar a criança para vida”, pontuou. 

Daiane destacou que o desafio da equipe é continuar realizando trabalho de qualidade para que não se interrompa o desenvolvimento das crianças com este afastamento do contexto escolar. “E contando sempre com o apoio da família, que integra os pilares do desenvolvimento da educação infantil”, finalizou.

Além de deixar as crianças em casa, a quarentena por causa da pandemia da Covid-19 também afetou a arrecadação das instituições assistências e a Amélia Rodrigues não é uma exceção a esta regra. Informações sobre doações e formas de colaborar com a ONG podem ser conseguidas por meio do telefone 97086-6994.




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