A direção do Real Betis cumpriu o que prometeu. Nesta terça, a diretoria do clube espanhol multou o atacante Ricardo Oliveira em 1 milhão de euros (cerca de US$ 1,29 milhões), em virtude do atraso de nove dias na reapresentação do atleta ao clube espanhol. Oliveira estava no Brasil, se recuperou de uma cirurgia no joelho no departamento de fisioterapia e tratamento do São Paulo, acertou empréstimo com o clube paulista desde abril e ainda atuou Tricolor em alguns jogos da Libertadores.

“Ele (Ricardo Oliveira) terá que pagar um milhão de euros. Isso já estava escrito no contrato de empréstimo dele", afirmou Manuel Ruiz de Lopera, proprietário do clube de Sevilha.

Perguntado se o atacante brasileiro voltaria aos treinos nesta terça, o dirigente respondeu com um sorriso e uma declaração irônica. "Ele pediu uns dias de descanso para se recuperar do choque causado pela multa", disparou.

Inicialmente, o acordo previa a permanência do atacante no Morumbi até o dia 10 de agosto, um dia depois da final da Libertadores, de acordo com calendário divulgado pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) no começo de 2005.

No entanto, a entidade que gere o futebol sul-americano decidiu postergar uma data da Libertadores, estendendo a competição por mais uma semana e conseqüentemente comprometendo os planos do São Paulo no torneio.

Neste ponto começou a queda-de-braço entre São Paulo e Betis. Mesmo respaldado por apoio da Conmebol e da Fifa, o clube brasileiro não contou com a anuência dos espanhóis e acabou desfalcado do atacante na partida decisiva contra o Internacional em Porto Alegre.

Ricardo Oliveira, que decidiu permanecer no Brasil e lutar junto com o São Paulo pela condição de jogo, acabou se indispondo com a direção de seu clube, por não cumprir o prazo de reapresentação.