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O bonde da história no PT de Mauá
Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
20/06/2018 | 07:00
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Militantes do PT em Mauá passaram a criticar o comando do partido na cidade internamente ao avaliar a postura da legenda na crise envolvendo o governo do prefeito afastado Atila Jacomussi (PSB). Assim que foi deflagrada a Operação Prato Feito e o socialista foi detido pela PF (Polícia Federal), a executiva do petismo ingressou com pedido de impeachment de Atila. Com ampla base na Câmara, Atila viu essa solicitação ser rejeitada. Desde então, poucos foram os movimentos da sigla para fazer sangrar a administração adversária. Esses mesmos militantes reclamam da demora do protocolo de ação judicial pedindo a cassação do prefeito, se baseando no relatório da Operação Prato Feito, de que recursos da merenda escolar estariam abastecendo a campanha de Atila. Essa peça está em confecção. Mas não tem prazo para ser efetivada na Justiça.

Impeachment barrado
A Câmara de São Caetano rejeitou ontem, por 13 votos a quatro, o pedido de impeachment protocolado pelo diretório do Psol na cidade contra o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), com base na denúncia apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral contra a chapa tucana, alegando utilização de recursos de caixa dois na campanha de 2016 ao Palácio da Cerâmica. Foram a favor da cassação apenas os vereadores Ubiratan Figueiredo (PR), Cesar Oliva (PR), Jander Lira (PP-foto) e Chico Bento (PP).

Processo – 1
Uma semana depois de o Ministério Público Eleitoral protocolar denúncia acusando caixa dois em campanha, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), parece ter contornado qualquer tipo de crise no governo. A estratégia de tratar o tema com normalidade, sem cancelar agendas previamente marcadas, se mostrou efetiva para o tucano. Pessoas que convivem com o prefeito asseguram que ele segue inabalável.

Processo – 2
Por outro lado, os adversários ainda mensuram o tamanho do golpe que o governo sofreu com o processo eleitoral. Uma prova disso é a postura do ex-vereador Fabio Palacio (PSD). Ainda sem saber se virá candidato a deputado estadual ou a federal, Palacio tem reagido com bom humor – mas nem por isso com um fundo de verdade –, quando indagado sobre seu futuro. Ele tem dito que pode buscar vaga na Câmara Federal, na Assembleia e até na Prefeitura, caso Auricchio seja impedido de continuar no cargo.

Federal
Ex-prefeito de Mauá, Donisete Braga (Pros) definiu seu caminho na eleição deste ano: será candidato a deputado federal. O grupo do ex-petista avaliou que há cenário mais favorável para vitória dele na disputa por uma cadeira na Câmara Federal do que na corrida por um assento na Assembleia Legislativa.

Agenda na região
Pré-candidato do Psol à Presidência da República e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos estará na região, especificamente na UFABC (Universidade Federal do ABC), em debate com estudantes sobre política e economia nacionais. A atividade começa às 18h, no campus de São Bernardo. A entrada é gratuita.

Entregou o cargo
Vereador em primeiro mandato em Mauá, Fernando Rubinelli (PDT) entregou o cargo de líder do governo na Câmara. Fernando exercia a função a convite do prefeito afastado da cidade, Atila Jacomussi (PSB), mas não vinha sendo chamado pelos interlocutores da gestão interina de Alaíde Damo (MDB). Segundo ele, a decisão deixa a emedebista livre para fazer sua escolha. 




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