Memória Titulo Memória
Um livro. Professores. E o encontro de gerações
Por Ademi Medici
05/06/2018 | 07:00
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 “Eis que o movimento estudantil mundial cria novas condições. Ajuda a desintegrar as novas estruturas. Remove a terra que as sustentava e prepara o caminho para uma nova sociedade. Esta ainda não será justa nem perfeita nem satisfatória – tal é a dispersão das forças e dos anseios. Reina a confusão, mas ela é inerente às grandes revoluções, ao desejo de renovar.”

Cf. Professor Alexandre Takara, Civilização Mais Coerente, Diário, 23 de junho de 1968.

Diário, 60 anos: 1958-2018. Nessas seis décadas quem seria o mais antigo colaborador do jornal, informalmente, desde os tempos do News Seller? Procuramos um nome. Dois se apresentam: os professores Alexandre Takara e José de Souza Martins, considerando que muitas vezes colaboraram, ora escrevendo, ora concedendo entrevistas, ora respondendo a matérias e, até mesmo, participando da seção Palavra do Leitor.

Professor Takara deu uma pausa no tempo em que o Diário ganhou o seu mais atirado concorrente, o Correio Metropolitano, no início da década de 1970. O Correio não prosperou. Aliou-se à Folha de São Bernardo. Virou Folha Metropolitana. Trocou a sede, em São Bernardo, por Santo André, nos altos do antigo sobradão do Clube de Xadrez, Largo do informal Quitandinha. E demandou-se para Guarulhos. Bom para nós: professor Takara voltou às páginas do Diário.

A mais recente colaboração de Takara foi inspirada na entrevista que está no ar no DGABC TV, sobre o livro das professoras Damiana Rosa de Oliveira e Andreia de Jesus Cintas Vazquez: A Fantástica História (Ainda Não Contada) da Tradução no Brasil (Editora Transitiva). Confiram a entrevista em www.dgabc.com.br . E acompanhem o artigo de mestre Takara – de estímulo às professoras.

Da tradução no Brasil

Texto: Alexandre Takara

Meus cumprimentos às professoras Damiana Rosa de Oliveira, de São Bernardo, e Andreia de Jesus Cintas Vasques, de Santo André, pelo lançamento do livro – Da Tradução no Brasil. Este livro vem preencher uma lacuna na política editorial.

As autoras nos denunciam, leitores, de como somos injustos com os tradutores. Eles pestanejaram, consultaram dicionários, refletiram, pesquisaram, leram, releram, discutiram com os colegas sempre em busca de perfectibilidade na tradução. 

Como somos injustos com eles! Ignoramos-lhe os nomes. E o nome é o bem mais precioso que todos temos. (Não é sem razão que os ingleses escrevem eu (‘I’) em letra maiúscula). 

Os tradutores são responsáveis pela tradução da literatura estrangeira no Brasil. Lembramos apenas de alguns poucos – Monteiro Lobato, Mario Quintana, Manuel Bandeira, Genolino Amado, Nair Lacerda... E os demais? 

Ignorar é injustiça. Portanto, sou injusto. Não me lembro de quem traduziu Dom Quixote, Fausto, Os Miseráveis, que me encantaram em muitos momentos da minha vida e a quem devo minha formação intelectual e pessoal. Não é uma injustiça? Tenho mais de 2.000 livros, cujos tradutores ignoro.

Depois da leitura em Memória (sexta-feira, 1º de junho de 2018), tenho a impressão de que minha biblioteca é um cemitério de tradutores. Para fazer-lhes justiça, vou tentar lembrar-me, ao menos, dos mais significativos. Só lhes cito os nomes na bibliografia de meus livros e ensaios. Outros fazem muito menos, só nas teses acadêmicas, mesmo assim por exigência da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). É muito pouco.


AMANHÃ EM MEMÓRIA

Professor Martins enriquece a página com novas descobertas

História das Copas

DÉCIMA QUESTÃO

Qual desses países britânicos eliminou a Itália na última vez que ela esteve fora de uma Copa do Mundo, em 1958? Claro, anterior à ausência deste ano na Copa da Rússia.

A – Escócia

B – Irlanda do Norte

C – País de Gales

Resposta amanhã.

Resposta da nona questão, ontem colocada:

Como se chamava o leãozinho que foi a mascote da Copa do Mundo disputada na Inglaterra, em 1966? Aliás, a primeira mascote de uma Copa.

A – Winston

B – Willie

C – Charles

Willie (alternativa B) era o nome do simpático leãozinho que aparecia em todo lugar, inclusive no cartaz oficial do evento, vestido com a Union lack, a bandeira britânica

Ele foi criado a pedido do Comitê Organizador para ajudar a arrecadar fundos para aquela Copa.

Nota – Ao dar a resposta, em palestra proferida na reunião do Memofut no Estádio do Pacambu, Celso Unzelte informou aos presentes, como bônus, sobre todas as demais mascotes utilizadas nas Copas seguintes. Memória encontrará espaço nesta série para reproduzir aquelas mascotes.


DÉCIMA QUESTÃO

Qual desses países britânicos eliminou a Itália na última vez que ela esteve fora de uma Copa do Mundo, em 1958? Claro, anterior à ausência deste ano na Copa da Rússia.

A – Escócia

B – Irlanda do Norte

C – País de Gales

Resposta amanhã.

Resposta da nona questão, ontem colocada:

Como se chamava o leãozinho que foi a mascote da Copa do Mundo disputada na Inglaterra, em 1966? Aliás, a primeira mascote de uma Copa.

A – Winston

B – Willie

C – Charles

Willie (alternativa B) era o nome do simpático leãozinho que aparecia em todo lugar, inclusive no cartaz oficial do evento, vestido com a Union lack, a bandeira britânica.

Ele foi criado a pedido do Comitê Organizador para ajudar a arrecadar fundos para aquela Copa.

Nota – Ao dar a resposta, em palestra proferida na reunião do Memofut no Estádio do Pacambu, Celso Unzelte informou aos presentes, como bônus, sobre todas as demais mascotes utilizadas nas Copas seguintes. Memória encontrará espaço nesta série para reproduzir aquelas mascotes.

Diário há 30 anos

Domingo, 5 de junho de 1988 – ano 31, edição 6771

Manchete – Investimentos são retomados com a definição política (a definição de cinco anos para o mandato do presidente Sarney).

Meio Ambiente –Tropa de choque impede movimento pró-Billings. Para reprimir os manifestantes do pedágio ecológico, a Tropa de Choque utilizou até bomba de gás. Foto de J. B. Ferreira ilustra a Primeira Página.

Memória – Abaixo a poluição.

Imprensa – Rádio Diário do Grande ABC autorizada a criar a primeira emissora de televisão em UHF, a TV-ABC, Canal 40.

Seu Orçamento (Luís Massif) – Indexação da economia mantém o Brasil inteiro.


Em 5 de junho de...

1903 – Nasce, em Juiz de Fora (Minas Gerais), Pedro da Silva Nava, médico e escritor, o grande memorialista brasileiro, autor de obras como <CF160>Baú de Ossos</CF> (1972) e <CF160>Círio Perfeito</CF> (1983).

1918 – José Luiz Flaquer, o senador Flaquer, residente em Santo André, recupera-se de uma queda quando tomava um bonde em São Paulo.

A guerra. Do noticiário do Estadão: as batalhas na França: 

Os alemães detidos entre o Oise e o Aisne

Violentos ataques entre o Aisne e o Rio Ourcq

Os alemães tomam posições, mantêm-se em algumas e perdem outras

Os norte-americanos repelem o inimigo ao Norte do bosque de Neuilly

1923 – Nasce, em Santo André, Ivone Dalla Scarpelli, que durante 58 anos trabalhou na Fiação e Tecelagem Tognato.

1978 – Greve dos metalúrgicos: apenas uma indústria continua parada, a Constanta, de Ribeirão Pires.

1983 – o Grande ABC ganha a sua última estação ferroviária, construída entre as estações Mauá e Ribeirão Pires, e entre os bairros Guapituba e Parque das Américas.

Hoje

Dia Mundial da Ecologia e do Meio Ambiente

Santos do Dia

Bonifácio (apóstolo dos Germanos)

Fernando de Portugal

Ciria

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 5 de junho: 

Em Goiás, Bela Vista de Goiás

No Espírito Santo, Divino de São Lourenço

No Paraná, Lidianópolis

Em Tocantins, Rio dos Bois

Fonte: IBGE




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