Política Titulo Câmara de Diadema
Movimento por reajuste nos salários de assessores trava reforma

Vereadores defendem que redução de cargos seja compensada com aumentos para vagas restantes

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
17/11/2017 | 07:00
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Movimento interno na Câmara de Diadema por aumento nos salários de assessores tem empacado o avanço dos cortes de comissionados na Casa. Internamente, vereadores têm defendido reduzir o número de apadrinhados por gabinete, mas desde que os contracheques dos demais sejam majorados como forma de compensar à diminuição.

Nova reunião foi realizada ontem entre os parlamentares, a portas fechadas e após sessão relâmpago, para debater alternativas, mas a discussão não teria avançado. Os vereadores ainda vão conversar com advogados para encontrar saídas legais.

O debate sobre a redução de comissionados no Legislativo diademense está na mesa desde outubro, quando decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou a demissão de 123 cargos de confiança. Na prática, a medida impõe redução de sete para três no número de assessores para cada um dos 21 vereadores.

Presidente da Casa, Marcos Michels (PSB) havia encaminhado reforma administrativa no sentido de cortar dois assessores – reduzindo para cinco por gabinete. Um auxiliar seria extinto ainda neste ano e o outro em 2020. Esse formato aglutina apoio da maioria dos parlamentares. Outros vereadores, porém, resistem em abrir mão do atual quadro de apadrinhados nos gabinetes, tendo em vista que está dentro dos limites legais de gastos com pessoal – 70% da receita, estimada em R$ 34 milhões.

Marcos Michels reconheceu a dificuldade para encontrar consenso e adiantou que se reunirá com técnicos do TCE (Tribunal de Contas do Estado) no dia 23 para esclarecer dúvidas sobre o tema. “Alguns vereadores entendem que essa mudança de valores de salários não é moral. Por isso, precisamos entender melhor o que é que atende à decisão. O que é essa proporcionalidade (exigida)? Tem a ver com valores (de salários) ou com a quantidade de comissionados frente aos efetivos? (A proporcionalidade) Tem a ver com o total da população da cidade (em comparação com o número de assessores)?”, questionou. 




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