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Coruja foragida mobiliza redes sociais

Ave legalizada e de propriedade de treinador desapareceu em Santo André, no dia 6

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
23/05/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Uma campanha para encontrar um animal de estimação está mobilizando as redes sociais, porém, não se trata de um cão ou um gato, mais comumente vistos em cartazes de bichinhos perdidos. A procura é pela coruja Batatinha, pertencente ao farmacêutico e treinador de aves de rapina Diego Daniel Alves Bitener, 35 anos, morador da Vila Curuçá, em Santo André – ele possui autorização do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para a criação.

Ela é uma das aves que Bitener utiliza para trabalhos de educação ambiental desenvolvidos com crianças, em diversas unidades escolares. Os outros são um gavião, uma águia e uma outra coruja conhecida como coruja-orelhuda (Asio clamator). “A campanha na rede social teve compartilhamentos no Brasil inteiro. Tivemos informação de que ela estava na região do Parque Regional da Criança e Avenida dos Estados. Temos feito buscas, mas nem sinal dela”, fala Bitener. A procura no parque, que tem adentrado madrugadas, tem o auxílio de áudios que reproduzem o som emitido por corujas, na tentativa de atraí-la.

A fuga de Batatinha, pertencente à espécie Suindara (Tyto furcata), também conhecida como coruja-de-igreja, aconteceu na madrugada do dia 6, quando o equipamento de couro que a mantinha no puleiro se rompeu.

A ave, que tem 2 anos, nasceu em um criadouro em Minas Gerais e chegou à família com apenas 40 dias de vida. “O nome Batatinha foi dado porque ela era do tamanho de uma batata cozida quando chegou”, recorda Bitener.

Para acostumar a ave com crianças e poder desenvolver com segurança ações de conscientização ambiental com o público infantil, Bitener contou com a filha Julia, 6 anos, para ajudar no treinamento. “Cuidei dela. A gente assistia a desenhos juntas, estou sentindo muita falta. Ela é muito boazinha, fofinha e carinhosa”, conta a menina. “Ela tem um valor sentimental muito grande para nós”, acrescenta o pai.

Por ser domesticada, Batatinha é muito dependente, principalmente para se alimentar, o que preocupa muito Bitener. “Ela até consegue caçar alguma coisa, mas não igual como se tivesse uma vida livre”, fala ele, explicando que a alimentação do animal se baseia em camundongos e insetos.

“Ela tinha uma reserva de gordura para poder ficar até sete dias sem comer. Acredito que ela possa ter pousado em alguma casa para se proteger do frio e buscar comida e, como é muito mansa, alguém ficou com ela”, completa.

Caso isso tenha ocorrido, a pessoa pode enfrentar problemas com a Justiça. “Toda a documentação dela está em meu nome. Sem a documentação, ela é uma ave ilegal”, ressalta o criador.

Bitener espalhou cartazes com a foto de Batatinha por diversos lugares e avisou as autoridades ambientais sobre o sumiço da ave, para caso alguém a encontre. A coruja possui a cara em formato de coração, é branca e com o dorso marrom. Nas patas ela está com equipamentos de couro e anilha de identificação.

Se alguém avistar Batatinha ou souber de seu paradeiro pode entrar em contato com Bitener nos telefones 98486-3757 ou 99654-3631.  




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