Setecidades Titulo Santo André
Obras paralisadas adiam melhorias à área carente

Construção de escola e de piscinão no Jd.Ciprestes, em Sto.André, está atrasada e sem prazo de conclusão

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
27/01/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 Conjunto de duas obras paradas na região do Jardim Cipestres, em Santo André, tem dificultado o acesso de moradores da área carente a serviços básicos de Educação e drenagem. Iniciadas em 2014, as construções da Emeief (Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental) Sítio dos Vianas e de piscinão para conter problemas de enchentes tiveram os trabalhos interrompidos no fim do ano passado. Com isso, as melhorias acumulam 11 e sete meses, respectivamente, de atraso.

A equipe do Diário visitou o local na tarde de ontem e constatou o cenário de abandono no canteiro de obras do prédio que irá abrigar a Emeief Sítio dos Vianas. Moradores relatam que a estrutura, que deveria ter ficado pronta em fevereiro de 2016, ao custo de R$ 10,8 milhões, está abandonada desde dezembro.

“A gente espera o melhor para nossas famílias e para o bairro com a construção da escola e, no fundo, o que recebemos em troca é uma obra abandonada. Minhas irmãs poderiam estar estudando aqui, mas precisam andar 15 minutos a pé até o bairro vizinho (Parque João Ramalho)”, relata a estudante Letícia de Oliveira, 20 anos.

Segundo o Paço, a morosidade dos trabalhos deve-se a adequações necessárias nos projetos de instalação, bem como no cronograma financeiro junto à empresa responsável pela obra em questão (Pilão Engenharia e Construção Ltda) por parte da Prefeitura. A expectativa da nova gestão, comandada por Paulo Serra (PSDB), é a de que a obra tenha o ritmo de trabalhos retomado até fevereiro. No entanto, não há prazo para entrega da unidade, que deve beneficiar 1.140 estudantes com idade entre 4 e 10 anos, além de 60 alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos).

O problema se repete na construção do quarto piscinão municipal de Santo André, que deveria ter sido entregue em maio do ano passado. O tanque de detenção, nome técnico do equipamento, fica ao lado da Emeief, em área afetada por enchentes. No entanto, a intervenção, que conta com investimento de R$ 12,9 milhões, obtido por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), também encontra-se em estado de abandono.

No canteiro de obras, tomado por vegetação alta e por entulho, o único sinal de que trabalhos foram iniciados na área são nove estruturas de concreto em formado de cilindro jogadas no local.

“Sorte a nossa que desde então não teve nenhum outro deslizamento, mas até quanto vamos aguentar?”, questiona o autônomo Pedro Cassimiro da Silva, 51.

Segundo o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), os trabalhos de drenagem foram interrompidos em razão de problemas com os repasses da Caixa Econômica Federal, necessários para os pagamentos à empresa contratada – Construtora Cappellano. Conforme a autarquia, as pendências já foram solucionadas e a retomada da obra depende apena do término de ajustes contratuais, o que deverá ocorrer até julho. A previsão é a de que o equipamento seja entregue no fim ano ano.




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