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Oswaldo critica imprensa e pede ajuda a comissionado
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
22/01/2011 | 07:29
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Em momento de caos provocado pelas chuvas em Mauá, o prefeito, Oswaldo Dias (PT), mostrou preocupação com a forma com que o caso vem repercutindo na mídia e atacou o que chamou de "imprensa de oposição". A consideração foi feita em reunião ontem à noite, no Teatro Municipal, com cerca de 600 funcionários comissionados, secretários de governo e o presidente da Câmara, Rogério Santana (PT).

No encontro, que extrapolou o horário de expediente do funcionalismo, o chefe do Executivo deixou nas entrelinhas que a imprensa tem sido tendenciosa na cobertura da tragédia. Desde o início de janeiro, os temporais provocaram seis mortes e deixaram cerca de 500 pessoas desabrigadas. Além disso, a cidade sofre com a falta de água e de energia elétrica.

Oswaldo clamou aos funcionários apoio voluntário na organização dos trabalhos de conforto às vítimas, como ajuda para descarregar caminhões com donativos e para montar kits de higiene pessoal, limpeza, roupas e alimentos.

O petista sugeriu em três oportunidades da assembleia que a mídia tem apresentado versões distorcidas à da realidade. "A hora em que vocês forem descartar um saco de feijão estragado ou vencido (doado) têm de tomar muito cuidado. Porque se a imprensa fotografa este momento já vai dar falatório."

Oswaldo fez alerta ao grupo. "Vocês precisam estar cientes de que, mesmo nós fazendo tudo certinho, os políticos e a imprensa de oposição vão fazer acusações." O trabalho, que começaria ontem após a reunião, está sendo exercido em dois pontos de armazenamento de donativos. Em um galpão na Rua Santa Helena, na Vila Ana Maria, e outro na Praça da Igreja Matriz.

Hoje às 8h, os comissionados serão divididos em dois grupos, já com outra recomendação do prefeito, que até agora não foi aos locais das tragédias e tampouco entregou a tenda-abrigo no morro do Macuco. "O que dá mais falatório (na mídia) é a possibilidade de sumiço de doações", orientou o petista, que em entrevista coletiva semana passada riu quando admitiu não saber o número de famílias em áreas de risco.

Ontem, o prefeito disse estar torcendo para que Mauá saia do estado de emergência. "Mesmo assim temos de estar preparados para novas situações catastróficas."




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