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Manufatura avança para enfrentar a concorrência externa
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
23/06/2010 | 07:03
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Na manufatura, a melhoria contínua impulsiona a competitividade do setor automotivo. Novos processos e técnicas de produção, aproveitamento de materiais, redução de custos exigem cada vez mais novas soluções de todos os envolvidos - desde a criação até o chão de fábrica - para metas de lucratividade.

Mesmo com os últimos avanços, o parque automobilístico nacional está pronto para enfrentar a forte concorrência externa? Para saber como as mudanças no mapa global afetam o Brasil, a SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade) reuniu anteontem, em São Paulo, especialistas de montadoras, autopeças e pesquisadores para discussão dos novos rumos.

Com investimentos de R$ 5 bilhões, a General Motors quer garantir sua fatia interna com novas tecnologias, uso de materiais mais resistentes e leves, ferramentas virtuais, processos mais enxutos e eficazes de produção.

"Em 42 anos de trabalho na GM, eu nunca passei por um ciclo tão desafiador, no qual vamos lançar oito carros em dois anos e meio", afirmou José Eugênio Pinheiro, vice-presidente da Manufatura na América do Sul.

Dois oito lançamentos, quatro serão produzidos em São Caetano, dois em São José dos Campos e o restante em Gravataí (RS). As fábricas serão modernizadas.

Se a iniciativa privada corre para se modernizar, o aparelho oficial ainda não está em compasso com os novos tempos. A opinião é de Mauricélio Faria, gerente de logística da Fiat. Ele diz que a montadora tem dificuldades em movimentar peças importadas aos finais de semana e nas madrugadas por falta de pessoal,que resiste em trabalhar em plantões e feriados.

Faria disse que a montadora vai ampliar a sinergia entre a manufatura e logística para compensar gargalos de infraestrutura que prejudicam a competitividade. A planta mineira da Fiat em Betim produz 3.100 carros por dia mas tem capacidade para chegar aos 3.200. Por falta de estradas, a Fiat tem custos maiores para abastecer concessionárias no Norte e Nordeste.

É consenso entre os industriais que o Brasil passa a ser um dos fiéis da balança na indústria automobilística mundial, principalmente num momento em que a capacidade ociosa supera 15 milhões de veículos anualmente. Quarto maior mundo, o mercado brasileiro passa a ser obrigatório na disputa global.




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